Combinação de inflação com juros altos, crise hídrica e energia cara, conflitos institucionais além de pauta de projetos equivocados, nos últimos dias, levou economistas a uma estimativa de crescimento do PIB menor que 2%.
Some-se a tudo isso à pandemia, a vacina atrasada (só 25 por cento da população ativa tomou a segunda dose), emprego em baixa, nível de confiança caindo, investimento em compasso de espera, para nos tirar qualquer esperança de recuperação no curto prazo.
Como vamos sair dessa situação? Ninguém sabe. Muito menos o governo que não informa o que vai ser feito para estancar a queda e iniciar a recuperação do país, que assim prenuncia tempos difíceis pela frente.
O ministro da Educação não anuncia nada para o futuro e isso prejudica a maioria que estuda em colégios públicos, fazendo um grande número de jovens abandonar a escola. Provavelmente, nunca mais voltarão a frequentar as aulas. A consequência disso é o aumento da pobreza e da desigualdade social no futuro. E, para culminar, o Ministério não consegue fazer um ENEM sem problemas, atrapalhando os jovens que se esforçam tanto para entrar em uma Universidade. E o ministro, ainda por cima, afirma que a universidade não é para todos e cita que tem engenheiro dirigindo Uber, como prova do que diz. O Ministério só cuida de pautas que não estão entre as preocupações das famílias e nem dos especialistas no assunto, como o ensino em casa, condenando os jovens à segregação, pois não conviverão com outras crianças e nem as conhecerão, privando-as da convivência de crianças que pensem diferente deles e nem como funciona uma sociedade aberta e miscigenada como a nossa. Isso será terrível para aumentar preconceitos e dificultará a vida futura em sociedade de crianças educadas assim. E não é e nem nunca foi uma pauta da sociedade. Uma pauta incompreensível.
Tomara, rogo eu, que o país se reencontre em projetos planejados para sair dessas dificuldades imensas em que estamos todos envolvidos. O governo precisa agir e deixar brigas de lado.
Artigo escrito por José Reinaldo Tavares- ex-governador do Maranhão.
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