“O Afeganistão foi invadido diversas vezes ao longo de sua história. Suas fronteiras e governo têm sido constantemente alvo de disputas.
O império de Alexandre estendia-se da Europa à Índia, mas no Afeganistão, ele enfrentou um dos seus maiores desafios. Alexandre sofreu uma pesada derrota na batalha de Polytimetos (328 a.C), região onde viviam tribos tajiques, uma das principais etnias do Afeganistão.
Na década de 1830, a preocupação britânica com o avanço da Rússia 🇷🇺 pela Ásia Central e o receio de que as tropas de Moscou entrassem no Afeganistão levaram o governador-geral da Índia a preparar uma invasão com o objetivo de ocupar Cabul. A campanha desastrosa foi uma das grandes derrotas militares britânicas. Em 1842, os britânicos voltaram a Cabul, libertaram os presos e destruiram a cidade.
Na década de 1870, uma nova preocupação britânica com a influência russa em Cabul levou ao envio de mais uma missão militar, que não conseguiu chegar à capital. Derrotado após 6 meses de batalhas, em que se tornou evidente o alto custo de controlar um território altamente volátil, com múltiplas alianças entre tribos e etnias, O Reino Unido 🇬🇧 desistiu de ocupar o Afeganistão e saiu derrotado mais uma vez.
Em 1979, a União Soviética invadiu o território afegão, mas suas tropas foram alvo de ações de guerrilha. Em pouco tempo, o nível de brutalidade cresceu e a guerrilha tornou-se mais eficaz com apoio de recursos e armas dos EUA 🇺🇲 e daArábia Saudita 🇸🇦, o que criou o embrião do Talibã. Os soviéticos se retiraram derrotados e seu império ruiu pouco depois.
Em 2001, foi a vez dos EUA 🇺🇲 invadirem o Afeganistão. Depois de 20 anos, muitas mortes e trilhões de dólares, os EUA se retiram às pressas. O Talibã já controla boa parte do Afeganistão. Oportunidade para a China 🇨🇳, que já anunciou que deve reconhecer o Talibã como governo afegão legítimo.” @geografiageral.
Texto do economista Ricardo Amorim.
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