As
sexagenárias, septa, octa e nonagenárias.
Neste mês,
quero lembrar de algumas mulheres que, à medida que o tempo passa, vão ficando
mais invisíveis para a sociedade. É um destaque que faço por pensar que quanto
mais elas precisam menos a sociedade e os poderes públicos respondem ao seu
chamado. E nesses dias de grande correria e atividades, em que a interação se
dá mais a nível de tecnologias nas redes sociais é que clamo tirarmos uns
minutos de nosso dia a ouvirmos atentamente algumas memórias ao som do nosso
silencio interativo, sei que deixaríamos essas senhoras muito felizes!
Muitas senhoras idosas marcaram e marcam minha trajetória de vida e na maioria
das vezes me ensinando muito. Visitei recentemente uma nonagenária (94 anos) D.
Luiza, que tem a glória de conviver com filhos, netos, bisnetos e não demora
muito, tataranetos. Tem a atenção dos parentes, sendo perceptível que vive em
paz mas não tem mais facilidades para sair de casa. D. Edimê e Belinha são
minhas eternas e queridas vizinhas da Praça João Santos. D. Francisca e D.
Morena são as vizinhas atuais, duas presenças especiais na nossa grande rua!
Irmã Nascimento que, a alguns anos, me convidou para ajudar a Pastoral da
Criança e me mostrou que podemos fazer as crianças felizes com gestos simples.
Olivia foi a primeira presidente da Associação das Artesãs que criamos juntas,
e parece que quanto mais o tempo passa mais ela trabalha. D. Loura que não me
deixa faltar um ano em sua novena de aniversário e serve aqueles bolos que só
quem é da zona rural sabe, é só gentileza desde o tempo que comecei a andar no
povoado Cruz e ela me dava muitas laranjas. D.Moça é mais que especial em minha
vida, sei que já começou a chorar se leu essa frase... D. Tuíres e D.Lucimar
são duas das melhores cozinheiras de Coelho Neto, é sempre agradável quando
encontro com elas ou mesmo como alguma coisa feita por essas mãos preciosas. D.
Iza, me marcou com seus cuidados quando moramos juntas por bons anos. D.
Osmarina me presenteia com seus carinhos sempre que encontra, uma pessoa que
conheci já idosa num trabalho adverso, e hoje depois que algumas politicas
publica que tinha direito lhe alcançaram, a vida mudou um pouco. Aparecida
Leal, uma benção divina no meu caminho. D. Maria Florinda , mãe da Rosangela do
Bairro Sarney, tem sido uma guerreira também na luta pela vida, sempre com seu
jeito meigo e singelo! E são tantas mulheres que já viveram uma vida e só tem
ensinado a nós, um pouco mais jovens, que a vida deve ser vivida com paciência
e sabedoria.
Que Deus as abençoe sempre e que nos ensine a chegar aos 60, 70, 80 ou mesmo 90
com o coração em paz!
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