quarta-feira, maio 05, 2021

Vítimas de ataque a escola infantil em SC terão velório coletivo

 

O velório das cinco vítimas do ataque à escola Pró-Infância Aquarela em Saudades, no Oeste de Santa Catarina, será coletivo. A informação foi repassada pela prefeitura do município catarinense. A despedida acontecerá no Parque de Exposições Theobaldo Hermes, onde funciona o ginásio da cidade. No local, uma missa de corpo presente será celebrada a partir das 9h desta quarta-feira (5/5).

Na manhã dessa terça-feira (4/5), a pequena cidade de Saudades, que fica a 600 km de Florianópolis, tornou-se palco de uma tragédia. Três crianças, uma professora e uma agente educacional foram mortas por um homem de 18 anos.

Depois de matar a professora Keli Adriane Aniecevski, 30 anos, Fabiano Kipper Mai correu para uma sala e esfaqueou quatro crianças, todas com menos de 2 anos de idade. Além disso, uma agente educacional também foi atacada. Mirla Renner, 20, chegou a ser levada ao Hospital de Chapecó, mas não resistiu aos ferimentos.

As três crianças que morreram são: Sarah Luiza Mahle Sehn, de 1 ano e 7 meses; Murilo Massing, de 1 ano e 9 meses; e Anna Bela Fernandes de Barros, de 1 ano e 8 meses.

De acordo com o site NSC Total, parceiro do Metrópoles, o homem usou uma espada para matar as vítimas. Fabiano está internado em estado gravíssimo, no Hospital de Pinhalzinho, cidade catarinense a 11 km de Saudades. Ainda na escola, o assassino golpeou o próprio pescoço e o abdômen.

Na casa de Fabiano, a polícia encontrou um computador – que deverá ser analisado –, as embalagens de duas facas também utilizadas no crime e cerca de R$ 11 mil em espécie. Aos investigadores os pais do autor do ataque disseram que o filho trabalhava, e o valor estava sendo guardado. Os motivos, no entanto, não foram informados.

Ainda segundo o NSC Total, em coletiva de imprensa no fim da tarde dessa terça-feira (4/5), o delegado responsável pelo caso, Jerônimo Marçal, disse que o jovem é “um rapaz problemático”, que sofria bullying na escola e gostava de jogos violentos.

De acordo com o delegado, Fabiano “vinha maltratando alguns animais” e passava muito tempo no quarto, em frente ao computador, jogando games. A família relatou à polícia que o jovem não queria mais ir para a escola, por causa do bullying.

“O perfil todo a gente vai tratar ao longo dos próximos dias, mas o rapaz é problemático, né? Ele é muito introspectivo, aquele perfil que hoje já não é mais tão incomum”, disse o investigador.

METRÓPOLES.

 

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