segunda-feira, junho 25, 2018

Cocal, berço histórico das manifestações juninas do polo Santa Maria, receberá Corredor Junino Itinerante nesta segunda-feira!



Mané Moiado é figura emblemática a ser lembrado em sua terra na itinerância da cultural inovadora da gestão Américo de Sousa, nesta segunda feira, no Cocal em festa memorável. 


O Corredor Junino Itinerante, uma inovação da gestão Américo de Sousa, que nasceu um grande sucesso, chega ao Cocal nesta segunda-feira, 25, depois de percorrer dois polos como festa grande movimentando a região.

A festa junina na zona rural criada nesta administração iniciou no Povoado Santo Inácio, neste sábado, 23, estando no Bananalzinho neste domingo, 24, e chega ao seu terceiro dia nesta segunda-feira, 25, no polo da grande Santa Maria, no Povoado Cocal, carregada de muito simbolismo é aguardada com grande expectativa pela sua integração cultural entre a sede e a zona rural e por outros valores bem mais amplos e históricos.

A transferência da festa do Povoado Santa Maria, para o Cocal se deu pela morte recente de um dos patriarcas da família Morais o Senhor Januario Morais, o Ginú, mas isso provocou um encontro histórico da inovação cultural que a gestão Américo de Sousa está fazendo com o berço cultural das festas juninas da região que é o Cocal.

Se esta festa fosse acontecer em qualquer outro lugar que não fosse ao Cafundó ou no Cocal ela seria uma grande festa, mas não carregada historicamente de um simbolismo singular, como está sendo em acontecer em solos cocalenses.

 A história do Povoado Cocal com as manifestações culturais inerentes as festas juninas nasceram muito cedo ainda nos anos 50, na foça da adolescência de Mané Moiado.

Mané Moiado era o filho mais velho de Dona Benedita Teixeira, a Mãe Dita, a essência mais perfeita da negritude cocalense que criança sentiu na pele o alivio do fim da escravidão, na senzala de Santa Tereza. Divertida como uma negra livre tinha que ser sem seu tempo Mãe Dita foi com Doca e outras suas irmãs as mais afamadas dançadeiras de tambor de crioula da região e influenciou Moiado seu filho muito jovem a manter a tradição do bumba meu Boi e do tambor de crioula, no Cocal.

Não podemos esquecer que ainda na região o Povoado Cafundó também foi forte referência das tradicionais manifestações juninas sob a liderança do Lendário Genésio Antero, de onde inclusive vieram fortes influências e inspirações para o Cocal, com um também famoso tambor de crioula e um pujante Bumba Meu Boi que fez história desde aqui até Coelho Neto. 

Entre o Cocal de Mané Moiado e, Cafundó de Genésio Antero culturalmente falando, nasceram na região grandes cantores de toadas que marcaram épocas.

O famoso Bumba Meu Boi de Dr. Afonso Bacelar, também deu a sua importante contribuição a cultura em nossa região. Quando Mané Moiado foi embora para Teresina e Genésio Antero faleceu a região perdeu parte de sua identidade cultural. Quem salvou a lavoura foram dois boieiros do Boi de Dr. Afonso que vieram morar na região, seu Pedro Romão e Raimundo Silva que não deixaram a peteca caírem.

Durante anos os dois entre Paú e Santa Maria seguram a tradição, que passou de pai para filho sendo que Sebastião Dias o Corinho, filho de Romão e sobrinho de Raimundo Silva, até pouco tempo mantinha o Bumba Meu Boi, em Santa Maria, mas o Cocal não mais elevou a forte tradição que por muitos anos lhe representou.

A itinerância das manifestações juninas hoje no Cocal representa muita coisa, e traz para o seio dos seus com a festa o ícone da cultura cocalense Mané Moiado, que sempre será lembrado e homenageado não só pelos seus, mas por todos que o conheceram.

Mané Moiado morreu, em Teresina, mas enquanto vivo nunca deixou de visitar o Cocal o seu torrão querido. Numa noite tão emblemática quando a sua presença vai está materializadas durante todas as manifestações culturais seria justo até se chamar aquele arraiá de “ARRAIÁ MANÉ MOIADO”.

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