Mané Moiado
é figura emblemática a ser lembrado em sua terra na itinerância da cultural
inovadora da gestão Américo de Sousa, nesta segunda feira, no Cocal em festa memorável.
O Corredor
Junino Itinerante, uma inovação da gestão Américo de Sousa, que nasceu um
grande sucesso, chega ao Cocal nesta segunda-feira, 25, depois de percorrer
dois polos como festa grande movimentando a região.
A festa
junina na zona rural criada nesta administração iniciou no Povoado Santo
Inácio, neste sábado, 23, estando no Bananalzinho neste domingo, 24, e chega ao
seu terceiro dia nesta segunda-feira, 25, no polo da grande Santa Maria, no
Povoado Cocal, carregada de muito simbolismo é aguardada com grande expectativa
pela sua integração cultural entre a sede e a zona rural e por outros valores
bem mais amplos e históricos.
A transferência
da festa do Povoado Santa Maria, para o Cocal se deu pela morte recente de um
dos patriarcas da família Morais o Senhor Januario Morais, o Ginú, mas isso
provocou um encontro histórico da inovação cultural que a gestão Américo de
Sousa está fazendo com o berço cultural das festas juninas da região que é o
Cocal.
Se esta
festa fosse acontecer em qualquer outro lugar que não fosse ao Cafundó ou no
Cocal ela seria uma grande festa, mas não carregada historicamente de um
simbolismo singular, como está sendo em acontecer em solos cocalenses.
A história do Povoado Cocal com as
manifestações culturais inerentes as festas juninas nasceram muito cedo ainda
nos anos 50, na foça da adolescência de Mané Moiado.
Mané Moiado
era o filho mais velho de Dona Benedita Teixeira, a Mãe Dita, a essência mais
perfeita da negritude cocalense que criança sentiu na pele o alivio do fim da escravidão,
na senzala de Santa Tereza. Divertida como uma negra livre tinha que ser sem
seu tempo Mãe Dita foi com Doca e outras suas irmãs as mais afamadas dançadeiras
de tambor de crioula da região e influenciou Moiado seu filho muito jovem a
manter a tradição do bumba meu Boi e do tambor de crioula, no Cocal.
Não podemos
esquecer que ainda na região o Povoado Cafundó também foi forte referência das
tradicionais manifestações juninas sob a liderança do Lendário Genésio Antero,
de onde inclusive vieram fortes influências e inspirações para o Cocal, com um também
famoso tambor de crioula e um pujante Bumba Meu Boi que fez história desde aqui
até Coelho Neto.
Entre o
Cocal de Mané Moiado e, Cafundó de Genésio Antero culturalmente falando, nasceram
na região grandes cantores de toadas que marcaram épocas.
O famoso
Bumba Meu Boi de Dr. Afonso Bacelar, também deu a sua importante contribuição a
cultura em nossa região. Quando Mané Moiado foi embora para Teresina e Genésio
Antero faleceu a região perdeu parte de sua identidade cultural. Quem salvou a lavoura
foram dois boieiros do Boi de Dr. Afonso que vieram morar na região, seu Pedro Romão
e Raimundo Silva que não deixaram a peteca caírem.
Durante anos
os dois entre Paú e Santa Maria seguram a tradição, que passou de pai para
filho sendo que Sebastião Dias o Corinho, filho de Romão e sobrinho de Raimundo
Silva, até pouco tempo mantinha o Bumba Meu Boi, em Santa Maria, mas o Cocal
não mais elevou a forte tradição que por muitos anos lhe representou.
A itinerância
das manifestações juninas hoje no Cocal representa muita coisa, e traz para o
seio dos seus com a festa o ícone da cultura cocalense Mané Moiado, que sempre
será lembrado e homenageado não só pelos seus, mas por todos que o conheceram.
Mané Moiado
morreu, em Teresina, mas enquanto vivo nunca deixou de visitar o Cocal o seu
torrão querido. Numa noite tão emblemática quando a sua presença vai está materializadas
durante todas as manifestações culturais seria justo até se chamar aquele
arraiá de “ARRAIÁ MANÉ MOIADO”.
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