A amostra e
exposição da Guerra da Balaiada (1838-1841), revolta popular histórica,
vêm fazendo o maior sucesso na Câmara Federal em Brasília.
Desde o dia
30 de maio, que a exposição no corredor de acesso ao plenário da Câmara, tem
chamado à atenção de quem passa se tornando parada obrigatória, para ouvir a
história bem contada pela historiadora Mercilene Torres, que tem sido um
destaque à parte na exposição das comemorações dos 180 do movimento.
Não são
poucos os que têm se rendido a linda exposição e termina conhecendo detalhes da
Balaiada por todos os percursos inclusive relacionados ao município de Caxias.
Muitas Pessoalidades da politica nacional entre deputados, senadores e
ministros já prestigiaram a exposição.
Com essa
iniciativa da prefeitura que contou com o apoio da Câmara federal, mas
precisamente da 2ª vice-presidência através do titular do cargo deputado
maranhense André Fufuca, não há como o turismo caxiense não evoluir.
A Sessão solene desta quinta-feira, 07 de
junho, coroou as comemorações dos 180 anos da Revolta popular mais famosa que
se deu no Maranhão, com reflexo no Piauí.
A sessão solene contou com a presença de uma
delegação vinda de Caxias, liderada pelo vice-prefeito Paulo Marinho Júnior que
no ato representou o prefeito Fábio Gentil, e pelo secretário municipal de
Cultura, Patrimônio Histórico, Esporte, Turismo e Juventude, Arthur Quirino.
Após a
sessão os participantes do ato solene estiveram no corredor vendo de perto a
exposição e a amostra dando bem mais ênfase à história.
A
Balaiada
A Balaiada
foi motivada pelo descontentamento geral no período regencial de 1838 a 1841,
onde os escravos, vaqueiros, camponeses, a classe média e os próprios
latifundiários estavam sentindo os reflexos da situação econômica crítica em
que vivia o Maranhão naquele contexto.
O poder
político era disputado por dois grupos da elite maranhense: os liberais
exaltados, ou bem-te-vis, e os conservadores. Essa disputa
resultou em confrontos sangrentos por todo o Maranhão. O conflito estourou em
1838, num confronto entre um dos partidários dos bem-te-vis, o
vaqueiro Raimundo Gomes, e um político do grupo de fazendeiros conservadores.
Aos poucos o movimento se espalhou pela província, que vivia uma situação de
miséria.
Dentre os
chefes da revolta estavam Raimundo Gomes (Cara Preta); Manoel Francisco dos
Anjos Ferreira (Artesão – fazia cestos de vime e balaios) e Cosme (ex-escravo
chefe de um quilombo). Negro Cosme, quando ocorreu a junção das diversas
colunas de balaios na vila da Manga em março de 1839, levou para a revolta mais
de 3.000 negros fugitivos.
Vale lembrar
que a denominada a “Princesa do Sertão Maranhense” e berço de ilustres poetas e
intelectuais brasileiros, a cidade de Caxias - distante 354 km de São Luís e
com uma população de 161.137 habitantes, sendo considerada a quinta maior
cidade do estado, protagonizou importantes acontecimentos da Guerra da
balaiada.
Como a cidade
de Caxias esteve no centro desta luta não há como falar da Balaiada sem não sem
mencioná-la.
Com contribuições do Site da Câmara Federal.
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