Sendo a mais
votada da sua coligação, com 30.693 mil votos, Mical atribuiu a sua vitória,
primeiramente, à Deus e afirmou que é fruto da força política das igrejas
Assembleias de Deus, congregação a qual faz parte desde criança.
Se
autointitulando com o codinome de ‘coragem’, a deputada, que nasceu em
Anajatuba e aos 11 anos se mudou, com a família, para o município de Viana,
iniciou a sua fala, de forma serena, agradecendo a toda Convenção CEADEMA
(Convenção Estadual das Assembleias de Deus no Maranhão) que a permitiu fazer
parte do que chamou de “grande projeto”.
Agradeceu,
também, ao Conselho Político, pelo apoio e empenho e à todos os familiares,
amigos e lideranças de pastores e missionários que, por meio, da ajuda na
divulgação de seus projetos e materiais de campanha, pôde fazer um trabalho com
amor, consciente e de unidade.
– Eu
nasci em Anajatuba e aos 6 anos fomos morar em Magalhães de Almeida, no Baixo
Parnaíba com toda a minha família. Aos 11 anos de idade, a nossa família se
mudou para Viana e, por isso, eu me considero uma vianense.
O povo evangélico, dessa vez, entendeu que havia a necessidade de uma
representatividade evangélica e nós conseguimos essa grande vitória.
Houve uma organização das Assembleias de Deus e eu faço parte do projeto
político e social da CEADEMA. Eu concorri nas prévias uma eleição interna dentro
do Colegiado de pastores, juntamente com mais três candidatos e nós ficamos em
primeiro. Tinha ainda outro candidato, que desistiu e eu fui a candidata à
deputada estadual oficial da Convenção – contou a dona dos
mais de 30 mil votos.
Ao falar da
sua trajetória de vida, Mical relembrou a 1° vez que foi candidata, no ano de
2008, na cidade de Viana, pleiteando o cargo de vereadora.
Mesmo sendo a 1ª mais bem votada da sua coligação, não obteve êxito na disputa
por não alcançar quociente eleitoral.
Em 2014, lançando
o seu nome para candidata federal, a vitoriosa deputada reconheceu que por
falta de ouvir conselhos e costurar apoios, fez uma campanha isolada, sem
sucesso.
FILHA DE
PASTOR
Filha do
pastor Pedro Aldi Damasceno, presidente da Convenção Estadual das Assembleias
de Deus no Maranhão e 3° vice-presidente da CGADB (Convenção Geral das
Assembleias de Deus no Brasil), Mical confessou que o seu pai nunca a motivou
para entrar para a política. Houve uma certa resistência.
– Meu
pai nunca me motivou a entrar para a política. Na primeira e segunda vez que
fui candidata, ele não concordou, mas, agora, na terceira, ele respeitou a
minha decisão e me deu apoio. Dessa vez eu entendi que nem tudo é do meu
jeito. Eu tenho ré!
Eu ouvi os conselhos das lideranças e segui o caminho certo – reconheceu.
DEPUTADA
“PÉ NO CHÃO” E SEM PADRINHOS POLÍTICOS
Totalmente
pé no chão e uma deputada com a cara do povo, Mical ainda revelou que é uma
pessoa do cabo da vassoura ao microfone, pois é, com muito orgulho, dona de
casa, filha, mãe, avó e amiga.
Sem berço
político, apadrinhamento ou financiador de campanha, os ouvintes puderam saber
que a deputada não teve nenhum apoio da classe política na sua eleição.
– Nós
não tivemos apoio de político algum. Não tivemos nenhum vereador, nenhum
prefeito nos apoiando. Tivemos apenas o apoio dos irmãos de várias denominações
e amigos.
Para eu chegar aqui no teu programa, Geraldo, eu já lavei roupa, eu já
cozinhei, já varri casa. Eu sou uma pessoa assim – declarou.
RELAÇÃO
BOLSONARO X FLÁVIO DINO
Ao ser
questionada pelo radialista sobre como vai manter a relação com o governador do
estado, Flávio Dino e o presidente eleito, Jair Bolsonaro, Mical foi bem direta
ao afirmar que mesmo sendo da base aliada do governador, o apoiando e
acreditando no seu projeto político de progresso e desenvolvimento para o
Maranhão, o governador soube, desde o início, do seu compromisso apenas na
esfera estadual.
– O
governador soube desde o início da nossa posição e sempre respeitou.
Apoiamos o presidente Bolsonaro, em 1° lugar, por ser uma orientação da
CGADB e da CEADEMA e por compactuarmos com os princípios e valores defendidos
em nossa campanha.
Blog do Robert Lobato.
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