O ministro
do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Nefi Cordeiro mandou soltar o dono da
JBS, Joesley Batista, e o ex-executivo da empresa Ricardo Saud. Os dois haviam
sido presos, na última sexta-feira (9/11), na Operação Capitu, desdobramento da
Lava-Jato. Joesley e Saud são acusados de omitir informações nos depoimentos de
delação premiada e de atrapalhar investigações.
(foto: Evaristo Sa/AFP e Marcelo Camargo/Agencia Brasil) |
Em decisão
proferida no domingo, Cordeiro já havia soltado Rodrigo Figueiredo,
ex-secretário de Defesa Agropecuária. O ministro, então, decidiu estender os
efeitos do Habeas Corpus para os executivos. Segundo a decisão, os fatos da
denúncia são antigos e, por isso, não justificam a prisão.
Realizada em
conjunto com a Receita Federal, a Operação Capitu é baseada na delação de Lúcio
Funaro, apontado como o operador do MDB. Em depoimento, Funaro afirmou que a
JBS repassou R$ 30 milhões para os diretórios do partido - 15 milhões para o
nacional e 15 milhões para o mineiro. Na delação, ele disse também que Antônio
Andrade, vice-governador de Minas Gerais, foi indicado para o Ministério da
Agricultura pelo grupo político de Eduardo Cunha. Em troca, Andrade ajudava no
esquema que favoreceu a JBS.
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