A Justiça do
Maranhão alcançou o prefeito do município de Barra do Corda, Wellryk Oliveira
Costa da Silva, o Eric Costa (PCdoB), mais um operador do célebre esquema de
corrupção que ficou conhecido nacionalmente como Máfia de Anajatuba — primeira
cidade onde foi desbaratada a organização criminosa.
Em decisões
proferidas pelo juiz Antônio Elias de Queiroga Filho, que cuida da 1ª vara
da Comarca do município, o comunista teve decretada a indisponibilidade de seus
bens por causar prejuízo aos cofres públicos.
Segundo o
Ministério Público, autor de duas ações de improbidade administrativa contra
Eric Costa, o prejuízo foi causado na contratação da empresa de fachada
Vieira e Bezerra Ltda - ME (atual F. C. B. Produções e Eventos), de propriedade
do Fabiano de
Carvalho Bezerra, apontado pela Polícia Federal e pelo Grupo de
Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) como vendedor de
notas frias e um dos cabeças da Orcrim que protagonizou o início do quadro
“Cadê o dinheiro que tava aqui?”, do Fantástico, na Rede Globo.
Ausência
de documentação
Nas ações, o
MP-MA aponta que Eric Costa firmou pelo menos dois contratos irregulares
com a empresa de Fabiano Bezerra, em fevereiro de 2013, para a realização das
festividades de Carnaval daquele ano no município. Em ambos os contratos, foi
constatado a falta de documentação necessária para a realização dos acordos.
Para o
Parquet, essa irregularidade facilitou a prática de atos que causaram
prejuízos ao Erário, uma vez que “acarretou a prestação de bens/serviços por
preço superior ao de mercando, frustrando a licitude do processo licitatório,
permitindo, assim, o enriquecimento ilícito de terceiros”.
Ao decidir
sobre o pedido, Antônio Queiroga Filho também ressaltou a gravidade
das acusações que pesam contra o prefeito de Barra do Corda. Para o magistrado,
a ausência de farta documentação necessária ao processo licitatório leva à
conclusão de que várias etapas foram simplesmente ignoradas. Na visão do juiz,
o intuito foi o de “escamotear a própria finalidade da competição entre
eventuais concorrentes”.
O servidor
Oilson de Araújo Lima, coordenador de Receitas e Despesas da Prefeitura
Municipal de Barra do Corda, também teve decretada a indisponibilidade de seus
bens.
Atual 7
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