A defesa do
cantor Evandro da Silva Costa, pai da menina Emilly Caetano, morta durante uma
abordagem policial no dia 25 de dezembro de 2017, pediu na justiça uma
indenização de R$ 4,5 milhões por danos materiais e morais. A petição foi
protocolada nesta terça-feira (27) na 2ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública.
Evandro
Costa teve sua infância em Coelho Neto, no Bairro Marly Sarney. Em sua adolescência
ele era evangélico e cantava nas igrejas inclusive chegou a diversas vezes está
na congregação Maanaim no povoado Baixa Fria.
A defesa
pede R$ 3.025.042,00 por danos materiais, incluindo os custos com o carro da
família e o valor total equivalente a uma pensão mensal de um salário mínimo
para cada vítima até a data em que Emily completasse 75 anos. O pagamento deve
ser feito em parcela única ou, sucessivamente, em prestações sucessivas
mensais.
Por danos
morais a família de Emily pede R$ 1.520.000,00, sendo R$ 350 mil para cada
requerente em razão da morte da menina; R$ 100 mil para o pai em virtude dos
danos sofridos por conta do tiro de pistola que atingiu sua cabeça e prejudicou
sua audição e R$ 20 mil para a mãe da garota, baleada no braço.
Segundo o
advogado Horácio Neiva, como se trata de uma ação onde estava um agente do
Estado, a responsabilidade no caso é objetiva. “Como o Aldo era um agente do
Estado e estava em serviço, juridicamente não há discussão quanto a
responsabilidade do Estado. Isso é o primeiro ponto. A responsabilidade
neste caso é objetiva. O Aldo estava em serviço, causou um dano matando uma
criança, feriu o pai que ainda hoje está com a bala alojada na cabeça,
portanto, a responsabilidade é objetiva”, declarou.
Emilly
estava com os pais e duas irmãs, sendo uma dela um bebê de nove meses, em um
veículo passando pela Avenida João XXIII quando o carro da família foi atingido
por tiros após ser parado por uma viatura policial. Nela estavam PMs do 5°
Batalhão da Polícia Militar, responsável pelo policiamento na zona Leste da
Capital.
Segundo a
mãe de Emily, Daiane Félix Caetano, em depoimento à polícia, ela e o marido,
estavam indo levar a filha para uma franquia de açaí quando ocorreu a abordagem
policial.
O policial
Aldo Luis Barbosa Dornel foi apontado como autor dos disparos. Ele
ingressou na Polícia Militar em 2010 sub júdice após ter sido reprovado no
teste psicológico realizado pela banca do concurso, no caso o Núcleo de
Concursos e Promoção de Eventos da Uespi, o Nucepi.
O Governo do
Estado disse que só vai se manifestar quando for notificado. Em janeiro, o
governador Wellington Dias recebeu a família onde garantiu toda a assistência
possível.
( com informações
de cidadeverde.com)
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