sábado, novembro 10, 2018

"Brasil, um país que não protege seus trabalhadores," diz deputado Julião Amim



"A decisão de extinguir o Ministério do Trabalho mostra como o presidente eleito é despreparado para governar o país". Estas palavras refletem a indignação do deputado federal Julião Amin ao tomar conhecimento de que Jair Bolsonaro pretende acabar com a Pasta, desmembrando suas diversas áreas de atuação para incorporá-las a outros Ministérios.

Especialistas acreditam que o fim do Ministério do Trabalho afetará diretamente as garantias dos trabalhadores, uma vez que a fusão da pasta com outro setor tende a diminuir os investimentos do Governo Federal na proteção ao trabalho formal. "Não bastasse uma Reforma Trabalhista que retirou os direitos dos trabalhadores, agora essa novidade da extinção do MT representa um retrocesso à primeira metade do século passado".

Para o parlamentar, é hora dos trabalhadores e entidades representativas da classe levantarem a bandeira do trabalhismo. "Se existem fraudes, que sejam apuradas. Agora, alegar que o Ministério é um cabide de emprego e foco de corrupção e que, por isso, deve ser extinto, demonstra que o presidente desconhece os problemas brasileiros. Se há corrupção e empreguismo, muito bem que os elimine, mas jamais extinguindo o MT.”

O Ministério do Trabalho, criado com o objetivo de equilibrar as relações entre empregados e patrões em níveis igualitários, está com os dias contados. Isso colocará o Brasil dentre os países onde o capital financeiro massacra a cidadania. Serão 88 anos de história que desaparecerão com uma simples assinatura, e que decretará a pena de morte do trabalho formal digno em nosso país.

"Vejo dias sombrios para os trabalhadores e para o Brasil. Um país que não valoriza quem trabalha, produz e gera riqueza, não tem como se desenvolver. Estamos diante de um governo que priorizará o enriquecimento ainda maior da classe empresarial, em prejuízo, inclusive, da massa de trabalhadores que lhe confiou seu voto. Ou os trabalhadores acordam e revertem essa grave ameaça, ou serão massacrados pelo sistema que se apresenta", concluiu Julião Amin.

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