O Plenário
do Senado aprovou nesta terça-feira (3) a PEC da cessão onerosa, uma proposta
de emenda à Constituição que permitirá a repartição com estados e municípios de
recursos arrecadados no leilão do pré-sal. Um entendimento foi construído para
garantir que as mudanças nos critérios de distribuição, feitas no Senado, sejam
aprovadas pela Câmara dos Deputados.
Com essas
mudanças, a previsão é que o Maranhão receba, no próximo leilão, mais de R$ 700
milhões. Durante a votação, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP),
fez um registro sobre a atuação do senador Weverton (PDT-MA) para garantir o
acordo em torno da PEC.
“Quero
cumprimentar vossa excelência pela articulação política que fez com que a
Câmara dos Deputados compreendesse a importância dessa emenda, nesse caso
concreto, para distribuirmos esses recursos para estados e municípios, que
estão carentes deles para custear investimentos e obras de infraestrutura”,
afirmou Davi Alcolumbre. Segundo ele, antes mesmo de a PEC chegar ao Senado, o
senador Weverton já havia promovido uma reunião entre os presidentes das duas
Casas (Senado e Câmara) e os líderes de partidos para alertar sobre a
necessidade de promover mudanças nos critérios de distribuição de recursos. “Eu
queria fazer publicamente esse agradecimento e externar ao Plenário, ao Senado
e ao Brasil o interesse de vossa excelência no aperfeiçoamento dessa emenda
constitucional”, completou o presidente do Senado.
“A
construção do critério e da obrigatoriedade da execução desses recursos foi
feita de forma que atendeu todos os estados e municípios”, afirmou Weverton.
“Será um aporte de recursos importante para os estados e municípios e
principalmente para a população, que é a maior beneficiada com novos
investimentos”, concluiu.
Pela
proposta, os recursos arrecadados no leilão não serão contabilizados no cálculo
das despesas primárias do Orçamento federal e, portanto, não poderão ser
contingenciados quando alcançar o teto dos gastos da União.
A
distribuição será feita pelos mesmos critérios que regem os Fundos de
Participação dos Municípios e do Estados (FPM e FPE) e privilegiará os entes
federativos com as menores rendas per capita. A previsão é que R$ 10 bilhões
sejam destinados aos municípios e R$ 10,5 bilhões, aos estados e ao Distrito
Federal. Outros R$ 2,1 bilhões (ou 3% do total) serão repassados aos estados
que abrigam jazidas de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos. Essa
parcela será distribuída em proporção ao resultado apurado de exploração desses
recursos.
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