ÀS SETE - Na última pesquisa Datafolha, teve 1% de intenção de voto no cenário em que foi colocado à prova
SILVIO SANTOS E MICHEL TEMER: presidente intensificou agenda popular para passar uma imagem mais informal / Divulgação |
Os números
da última pesquisa de intenções de voto feita pelo instituto Datafolha não
negam: é preciso esforço para acumular uma rejeição do tamanho que o
presidente Michel Temer (MDB) acumulou.
Uma
reprovação de 70% – líder, a frente dos ex-presidentes Fernando Collor e Luiz
Inácio Lula da Silva – e 6% de aprovação.
Teve 1% de
intenção de voto no cenário em que foi colocado à prova e 87% dos entrevistados
dizem que não votariam em um candidato indicado por ele.
Temer chegou
a admitir que algumas pessoas “não vão com sua cara”. Pois nesta sexta, em um
ato quase de campanha, o presidente vai a Cabrobó, em Pernambuco, inaugurar
estação do projeto de integração do Rio São Francisco.
A 9 meses
das eleições e a cinco da data final para decidir as candidaturas, no entanto,
Temer não desistiu completamente de tentar a eleição.
Mesmo com as
promessas feitas antes de assumir, em maio de 2016, de que essa não seria uma
alternativa, e que seu governo seria uma ponte até a próxima eleição, a
hipótese não está descartada internamente.
A equipe do
presidenciável tucano Geraldo Alckmin, por exemplo, vê na insistência em nomear
a ministra Cristiane Brasil, do PTB, para a pasta do Trabalho, uma tentativa de
manter a sigla dentro do campo de influência do presidente para as eleições. O
PTB indica que apoiará o governador de São Paulo nas eleições ao Planalto.
O discurso
de Temer já vem causando desconfiança em aliados – como o presidente da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM), e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD) – que
também postulam a vaga de defensor do legado do governo.
Para aliados
próximos do presidente, no entanto, ninguém melhor do que ele mesmo para
defender seu legado.
Ele também
intensificou sua presença na mídia, passando a dar mais entrevistas a veículos
impressos, rádios e também televisões. Foi ao programa do Ratinho, Amaury Jr. e
de Silvio Santos, numa tentativa de parecer menos formal.
As próximas
pesquisas definirão a escolha do presidente. Caso venha a melhorar seus
números, podendo ter minimamente alguma chance de se reeleger, é provável que
Temer deixe as ambições de aliados de lado e assuma, ele mesmo, o papel de
candidato governista. Por enquanto, este cenário está há anos luz de distância.
Fonte: Exame
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