ÀS SETE - As
trocas de ameaças entre os países deixa as potências nucleares cada vez mais
longe de se desfazerem dos seus armamentos.
Nesta
terça-feira, 26 de setembro, deveria ser celebrado o Dia Internacional para a
Total Eliminação das Armas Nucleares, mas as tensões em torno da eclosão de uma
possível guerra nuclear só fazem crescer.
As recentes
trocas de ameaças entre Estados Unidos e Coreia do
Norte, alimentadas pelos presidentes Donald Trump e Kim Jong-un,
acenderam um alerta global, e as potências nucleares do mundo estão mais longe
do que nunca de se desfazerem dos seus armamentos.
Após o
presidente americano declarar, em seu discurso de estreia na Assembleia Geral
das Nações Unidas no último dia 19, que o país
estaria pronto para destruir a Coreia do Norte caso fosse necessário,
veio a resposta.
Nessa
segunda-feira, o presidente norte-coreano afirmou que tem encarado os
comentários de Trump como
declarações de guerra, e ameaçou derrubar aviões de tropas americanas, seja
lá qual for o território que eles estejam sobrevoando.
Também na
ONU, o ministro de relações exteriores da Coreia do Norte, Ri Yong Ho, disse
que está nos planos testar uma bomba de hidrogênio — mesmo tipo usado contra as
cidades de Hiroshima e Nagasaki — em algum lugar do Pacífico.
Uma guerra
de palavras já existe, e só esse movimento já vai numa direção totalmente
contrária à pregada desde os primórdios das Nações Unidas.
O combate às
armas nucleares é considerado tema prioritário na agenda global desde a
resolução da primeira Assembleia Geral da ONU, ainda em 1946.
A
organização afirma, porém, que restam ainda cerca de 15.000 armas nucleares no
mundo e que, este ano, nenhuma delas foi destruída. Em 7 de julho, foi firmado
o Tratado pela Proibição de Armas Nucleares — do qual o Brasil se tornou
signatário no último dia 20, se juntando a mais de 120 países —, mas grandes
potências ainda se recusam a se desfazer de suas ogivas.
A ONU estima
que os países ainda invistam cerca de 100 bilhões de dólares por ano na
modernização dos arsenais, mostrando que o sonho de ver um mundo livre de
ameaças de destruição em massa está longe de se concretizar.
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