terça-feira, setembro 26, 2017

Ameaça nuclear entre EUA e Coreia do Norte deixa mundo em alerta

ÀS SETE - As trocas de ameaças entre os países deixa as potências nucleares cada vez mais longe de se desfazerem dos seus armamentos.

Nesta terça-feira, 26 de setembro, deveria ser celebrado o Dia Internacional para a Total Eliminação das Armas Nucleares, mas as tensões em torno da eclosão de uma possível guerra nuclear só fazem crescer.


As recentes trocas de ameaças entre Estados Unidos e Coreia do Norte, alimentadas pelos presidentes Donald Trump e Kim Jong-un, acenderam um alerta global, e as potências nucleares do mundo estão mais longe do que nunca de se desfazerem dos seus armamentos.

Após o presidente americano declarar, em seu discurso de estreia na Assembleia Geral das Nações Unidas no último dia 19, que o país estaria pronto para destruir a Coreia do Norte caso fosse necessário, veio a resposta.

Nessa segunda-feira, o presidente norte-coreano afirmou que tem encarado os comentários de Trump como declarações de guerra, e ameaçou derrubar aviões de tropas americanas, seja lá qual for o território que eles estejam sobrevoando.

Também na ONU, o ministro de relações exteriores da Coreia do Norte, Ri Yong Ho, disse que está nos planos testar uma bomba de hidrogênio — mesmo tipo usado contra as cidades de Hiroshima e Nagasaki — em algum lugar do Pacífico.
Uma guerra de palavras já existe, e só esse movimento já vai numa direção totalmente contrária à pregada desde os primórdios das Nações Unidas.

O combate às armas nucleares é considerado tema prioritário na agenda global desde a resolução da primeira Assembleia Geral da ONU, ainda em 1946.

A organização afirma, porém, que restam ainda cerca de 15.000 armas nucleares no mundo e que, este ano, nenhuma delas foi destruída. Em 7 de julho, foi firmado o Tratado pela Proibição de Armas Nucleares — do qual o Brasil se tornou signatário no último dia 20, se juntando a mais de 120 países —, mas grandes potências ainda se recusam a se desfazer de suas ogivas.

A ONU estima que os países ainda invistam cerca de 100 bilhões de dólares por ano na modernização dos arsenais, mostrando que o sonho de ver um mundo livre de ameaças de destruição em massa está longe de se concretizar.


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