G1MA
Um grupo de fazendeiros atacou uma aldeia indígena da cidade de Viana (MA), nesse domingo (30), para travar uma disputa territorial. Treze índios ficaram feridos, sendo que dois deles tiveram as mãos decepadas, de acordo com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi).
Segundo a Pastoral da Terra, os índios foram pegos de surpresa com a chegada de dezenas de homens à área. O grupo chegou com armas de fogo, pedaços de pau e facões. “Eles invadiram e já foram atirando e tentando cercar a gente. Circularam para ficarmos no meio. Foi aí que só senti o impacto”, relata um sobrevivente.
Em nota oficial (leia a íntegra abaixo), o Ministério da Justiça disse que está averiguando o caso “envolvendo pequenos agricultores e supostos indígenas no povoado de Bahias, no Maranhão”. O ministro Osmar Serraglio enviou uma equipe da Polícia Federal para evitar novos conflitos.
Até as 16h desta segunda-feira (1º), as Secretarias de Estado da Segurança Pública e da Saúde do Maranhão não haviam confirmado o número de vítimas.
De acordo com o Cimi, cinco feridos foram transferidos durante a madrugada desta segunda para o Hospital Socorrão II, na capital maranhense – dois índios estão em estado mais grave e todos têm ferimentos causados por armas de fogo.
Um dos índios levou um tiro no peito e teve as duas mãos decepadas; outro deles, além das mãos, teve os “joelhos cortados nas articulações”, ainda de acordo com o conselho indigenista.
O Cimi também informou que os índios com ferimentos mais leves tiveram alta na manhã desta segunda. Outros dois continuam internados após intervenções cirúrgicas e seguem em estado grave no hospital.
Em nota, a Secretaria de Estado da Segurança Pública informou que já instaurou inquérito para investigar o caso, enviou reforço policial para a região e que o conflito já foi contido.
Leia a nota do Ministério da Justiça e Segurança Pública:
“Brasília, 1/5/17 – O Ministério da Justiça e Segurança Pública está averiguando o ocorrido envolvendo pequenos agricultores e supostos indígenas no povoado de Bahias, no Maranhão. Por determinação do ministro Osmar Serraglio, a Polícia Federal já enviou uma equipe para o local para evitar mais conflitos e ofereceu apoio à Secretaria de Segurança Pública que, por sua vez, já instaurou inquérito para investigar o caso.”
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