O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Luís
(Sindjor) emitiu uma nota de repúdio por conta da agressão sofrida pelo
repórter-fotográfico Mauro Jorge Garcia, que teve seu telefone celular tomado
por um policial civil, que teria excluído as imagens que o profissional teria
feito durante uma ameaça de prisão de investigadores da Superintendência de
Investigações Criminais (Seic) contra um delegado.
O caso ocorreu durante uma operação policial em uma casa de
bingo localizada nas imediações do Mercado Central. A equipe de reportagem
estava passando pelo local, quando percebeu a movimentação.
O repórter-fotográfico tentou registrar o momento em que os policiais
tentavam prender o delegado que estava no local, quando teve seu aparelho
celular tomado por um dos agentes e as fotos apagadas.
Segundo o Sindicato, os policiais também intimidaram o
fotógrafo para não publicar nada sobre o fato. Confira a nota na íntegra:
NOTA DE REPÚDIO
SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS DE SÃO LUIS
Vimos de público repudiar a agressão sofrida pelo
repórter-fotográfico do Jornal Atos&Fatos, Mauro Jorge Garcia, que teve o
seu telefone celular tomado e prejudicado em seu trabalho, por um suposto
policial civil, com a exclusão das imagens feitas pelo profissional de imprensa
que estava no desiderato de suas funções, ao fazer a cobertura da ameaça de
prisão feita pelos investigadores da SEIC, contra um delegado a quem acusavam
de prevaricação.
A operação da policia se desenvolvia em via pública, diante
do olhar de dezenas de pessoas atraídas pela forma escandalosa das ações,
estranhando-se, sob todos os aspectos, a atitude truculenta do policial
agressor, que tentou intimidar o repórter de processo judicial, caso publicasse
alguma matéria sobre o fato.
Atos desta natureza, de cerceamento de atividade
jornalística, com a pretensão de evitar que a comunidade tenha acesso à
informação, é preocupante por ferir os princípios da democracia, e exige um
posicionamento coerente e austero por parte dos gestores do sistema de
Segurança Pública.
Douglas Cunha
PRESIDENTE
PRESIDENTE
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