segunda-feira, outubro 10, 2016

Sindicato de jornalistas repudia agressão da polícia a profissional

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Luís (Sindjor) emitiu uma nota de repúdio por conta da agressão sofrida pelo repórter-fotográfico Mauro Jorge Garcia, que teve seu telefone celular tomado por um policial civil, que teria excluído as imagens que o profissional teria feito durante uma ameaça de prisão de investigadores da Superintendência de Investigações Criminais (Seic) contra um delegado.


O caso ocorreu durante uma operação policial em uma casa de bingo localizada nas imediações do Mercado Central. A equipe de reportagem estava passando pelo local, quando percebeu a movimentação.

O repórter-fotográfico tentou registrar o momento em que os policiais tentavam prender o delegado que estava no local, quando teve seu aparelho celular tomado por um dos agentes e as fotos apagadas.

Segundo o Sindicato, os policiais também intimidaram o fotógrafo para não publicar nada sobre o fato. Confira a nota na íntegra:
NOTA DE REPÚDIO
SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS DE SÃO LUIS

Vimos de público repudiar a agressão sofrida pelo repórter-fotográfico do Jornal Atos&Fatos, Mauro Jorge Garcia, que teve o seu telefone celular tomado e prejudicado em seu trabalho, por um suposto policial civil, com a exclusão das imagens feitas pelo profissional de imprensa que estava no desiderato de suas funções, ao fazer a cobertura da ameaça de prisão feita pelos investigadores da SEIC, contra um delegado a quem acusavam de prevaricação.

A operação da policia se desenvolvia em via pública, diante do olhar de dezenas de pessoas atraídas pela forma escandalosa das ações, estranhando-se, sob todos os aspectos, a atitude truculenta do policial agressor, que tentou intimidar o repórter de processo judicial, caso publicasse alguma matéria sobre o fato.

Atos desta natureza, de cerceamento de atividade jornalística, com a pretensão de evitar que a comunidade tenha acesso à informação, é preocupante por ferir os princípios da democracia, e exige um posicionamento coerente e austero por parte dos gestores do sistema de Segurança Pública.
Douglas Cunha
PRESIDENTE


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