Em 29 de novembro de 1947, a ONU fazia votação histórica, sob a liderança de um brasileiro
Quem visita o Museu do Holocausto Yad Vashen, em Jerusalém, pode contemplar, sobre os umbrais da saída, o versículo “E porei em vós o meu Espírito, e vivereis, e vos porei na vossa terra; e sabereis que eu, o SENHOR, disse isto, e o fiz, diz o SENHOR”, Ezequiel 37:4.
A passagem bíblica é vista como uma promessa de que Deus iria restaurar aos judeus a sua terra, mesmo após seis milhões deles terem sido mortos durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Apenas dois anos depois, em 29 de novembro de 1947, o mundo soube, pelo rádio, que a profecia de Ezequiel de restaurar “o vale dos ossos secos” estava se cumprindo.
Após cerca de dois mil anos, renascia o Estado de Israel como nação independente. Esse novo capítulo em sua história teve como um dos protagonistas o brasileiro Oswaldo Aranha, presidente daquela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
Ele anunciou a aprovação da Resolução 181 da ONU. Foram 33 votos a favor, 13 contra e 10 abstenções, ficava decretada a formalização de Israel. A declaração de independência só viria a ocorrer em 14 de maio de 1948.
A proposta da Resolução 181 foi feita pelo UNSCOP (United Nations Special Committee on Palestine), órgão criado para elaborar a partilha da chamada Palestina até então sob mandato britânico. O Reino Unido controlava a região desde o fim da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), quando o Império Otomano perdeu finalmente o domínio sobre ela.
Essa data histórica para o povo judeu, completa 70 anos. Toda a população judaica de Israel, que na época era de 600 mil pessoas, “saiu às ruas e varou a madrugada em um estado que misturava êxtase, alívio e medo”, conta o cônsul de Israel em São Paulo e na região Sul do Brasil, Dori Goren.
“Este dia foi histórico, extraordinário, muito importante para o nosso povo, porque depois de 2 mil anos de exílio, de incerteza, de não ter independência, de não ter um Estado, a comunidade internacional resolveu criar uma nação para o povo judeu”, lembra Goren.
Sinal profético
Para muitos estudiosos, como o conferencista internacional Asher Intrater, um judeu messiânico que fundou o ministério Reaviva Israel, a chegada dos 70 anos da fundação de Israel é um “sinal profético”.
Asher anunciou na Charisma, a maior revista pentecostal do mundo, que acredita que o momento que estamos vivendo é especial. “Está havendo uma aceleração do relógio para as nações, para Israel, para a Igreja, para as comunicações, para a revelação, para o avivamento, para a perseguição, para o término da grande comissão de Atos 1.18, para o derramamento do Espírito sobre toda a carne de acordo com Atos 2.17 e para a restauração de todas as coisas como descrito em Atos 3.21. O ano de 2017 representa um avanço marcante, um “recomeço” para que as profecias apostólicas e apocalípticas se cumpram”, anunciou.
Seu pedido é que a Igreja se desperte para isso e apoie Israel, que vem enfrentando grandes ameaças nos últimos meses, sobretudo de organizações como a ONU que desejam intervir e dividir Jerusalém, o que poderá dar início a uma grande guerra.
Relação dos votos da Resolução 181:
Países que votaram a favor: Canadá, EUA, Bélgica, Dinamarca, França, Islândia, Luxemburgo, Holanda, Noruega, Suécia, União Soviética, Ucrânia, Bielorússia, Checoslováquia, Polónia, África do Sul, Libéria, Austrália, Nova Zelândia, Filipinas, Bolívia, Brasil, Costa Rica, República Dominicana, Equador, Guatemala, Haiti, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Perú, Uruguai, Venezuela.
Países que votaram contra: Grécia, Turquia, Egipto, Cuba, Afeganistão, Índia, Irão, Iraque, Líbano, Paquistão, Arábia Saudita, Síria, Iémen.
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