A Polícia do Mato Grosso prendeu uma jovem mulher,
beneficiária do programa Bolsa Família, acusada de participar de uma quadrilha
de assalto a banco. Apesar de levar uma vida luxuosa e de ostentação, Lúbia
Camilla Pinheiro Gorgete recebia o benefício do Governo Federal destinado às
famílias carentes.
Pesquisa no Portal da Transparência revela que que Lúbia recebe desde 2015
benefícios do Bolsa Família. Em 2017, ela recebeu, de janeiro a setembro, R$
1.400 do programa.
Além da
falsa pobre, outras 14 pessoas faziam parte da quadrilha e se tornaram réus no
processo criminal. Todos devem ser ouvidos em audiência de instrução nos
próximos dias, na 7ª Vara Criminal de Cuiabá. Testemunhas de acusação também
devem prestar depoimento.
Apesar de se
declarar carente para o Governo Federal, Lúbia aparecia com os outros
integrantes da quadrilha ostentando em fotos publicadas na web. Ostentavam com
viagens, carros de luxo e barcos, custeados com dinheiro proveniente dos
roubos, segundo a Polícia Civil. Fotos divulgadas por eles em redes sociais
levantaram a suspeita.
A mulher está
sendo acusada de integrar a quadrilha que assaltou pelo menos 10 agências
bancárias no Mato Grosso. Segundo os investigadores, ela não participava das
ações nas agências bancárias, mas tem ligação com os assaltantes e usufruía de
viagens e passeios de luxo pagos com o dinheiro roubado.
Segundo a
Polícia Civil, foi possível chegar até a quadrilha por que os assaltantes
gostavam de ostentar a vida luxuosa nas redes sociais. Postavam fotos e vídeos
no Facebook. Eles se exibiam em carros e barcos de luxo, viagens ao Rio de
Janeiro, festas e passeios de helicóptero.
O chefe da
quadrilha é Gilberto Silva Brasil, que se autodenomina de “Showman”. Em algumas
das publicações, ele posou para fotos em pontos turísticos do Rio de Janeiro e
em eventos no sambódromo, durante o carnaval deste ano.
Chefe da quadrilha gostava de ser chamado por “Showman”
O modus
operandi da quadrilha para levar o dinheiro das agências era através de
arrombamento. Os bandidos tinham acesso aos cofres através de casas que ficavam
ao lado das agências bancárias. “Eles quebravam as paredes, entravam no
estabelecimento, desligavam o sistema de alarme e tinham acesso total ao
banco”, disse o delegado Diogo Santana à imprensa.
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