Rússia pede encontro urgente da ONU para debater criação da Palestina
Nikki Haley é a embaixadora dos
EUA na ONU. Nomeada por Trump, ela era vista com desconfiança por não ter
experiência na área de política externa. Evangélica,
a ex-governadora da Carolina do Sul vem sendo fundamental no
momento em que os EUA decidiu mudar sua postura em relação a Israel e à ONU,
após o governo Obama ter seguido a agenda globalista.
Na reunião
de emergência convocada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, nesta
sexta (8), Haley acusou a organização de “mais atrapalhar que ajudar na paz no
Oriente Médio”. Durante um longo discurso, ela respondeu de forma veemente às
muitas críticas dos outros países sobre a decisão do presidente Donald Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel.
O embaixador
britânico na ONU, Matthew Rycroft, disse que a decisão dos Estados Unidos era
um ato “inútil para a paz”. Já o representante da Palestina, Riyad Mansour,
afirmou que a decisão americana ” essencialmente mina e desqualifica seu papel
de liderança para buscar a paz na região”.
Antigos
aliados dos EUA, como Reino Unido, França, Suécia, Itália e Japão repudiaram a
decisão de Trump. O embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, pediu que todas
as nações sigam os EUA e reconheçam Jerusalém como capital: “O reconhecimento é
um passo fundamental e necessário pela paz”.
Haley
afirmou que as Nações Unidas “atacam injustamente Israel” em suas resoluções
tendenciosas e disse que o governo Trump “não vai ser pautado por um grupo de
países que não têm nenhuma credibilidade quando se trata de lidar com
israelenses e palestinos de forma justa”.
Também
defendeu que Israel “não deveria nunca, ser intimidado a fechar acordos
pela ONU ou por quaisquer países que já provaram sua desconsideração com a
segurança daquele país.”
A
embaixadora insistiu que os americanos estão “mais comprometidos que nunca com
a paz” acredita que eles “podem estar mais perto do que nunca” de um acordo.
Encerrou
pedindo que a comunidade internacional baixasse o tom das críticas aos EUA,
insistindo que quem usa a declaração americana como justificativa para mais
violência, como tem acontecido nesses dias, “mostra que não serve como parceiro
para a paz”.
Os
representantes dos 15 países membros do Conselho de Segurança voltaram a
defender as negociações entre israelenses e palestinos, congeladas desde 2014,
como única forma de resolver o status de Israel.
A Rússia
pediu um encontro de cúpula urgente para retomar o diálogo sobre a criação de
um estado palestino, enquanto Jordânia e Egito defenderam o direito dos
palestinos de instalar a capital de um estado independente na parte árabe de
Jerusalém.
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