Religião mais globalizada, o cristianismo é minoria nos países desta lista, onde seus seguidores são perseguidos, hostilizados e até assassinados.
São Paulo –
Um em cada 12 cristãos no mundo vive em países onde a prática da sua religião é
proibida. Nesses lugares, quem segue Jesus sofre perseguições, hostilidade e
violência. Só no ano passado, ao menos 3 mil praticantes do cristianismo foram
mortos e mais de 700 igrejas foram depredadas, aponta a mais nova edição do
relatório “World Watch List”.
Compilado
pela Open Doors USA, o relatório lista os países onde os cristãos são mais
severamente oprimidos. Pelo décimo ano consecutivo, a Coreia do Norte lidera o
ranking, seguida de países onde o extremismo islâmico “é o principal e
dominante motor da perseguição”.
Outra fonte
de pressão para os cristãos, segundo o relatório, é o aumento do “nacionalismo
religioso”, onde os próprios governos favorecem a religião dominante em
detrimento das minoritárias, um movimento que tem sido observado em partes da
Ásia, como Índia e Nepal.
Confira a
seguir os países mais perigosos para ser cristão.
1. Coreia do
Norte
População total no país: 25.405.000
Número de cristãos: 300.000
O regime
ditatorial norte-coreano é o principal opressor do cristianismo. No país que
idolatra líderes supremos da família Kim, os cristãos são vistos como elementos
hostis na sociedade e, por isso, devem ser erradicados.
Segundo o
relatório, devido à constante doutrinação que permeia todo o país, vizinhos e
até membros da família são vigilantes e denunciam qualquer atividade religiosa
suspeita para as autoridades.
2.
Afeganistão
População: 34.000.000
Número de cristão: indefinido
O
Afeganistão declarou o Islamismo a religião de Estado em sua constituição. Por
ser um estado islâmico por lei, funcionários do governo e cidadãos são hostis
aos adeptos de qualquer outra religião. Os cristão que vivem lá são
convertidos, incapazes de expressar sua fé, mesmo em particular, destaca o
estudo.
3. Somália
População: 14.320.000
Número de cristãos: indefinido
Assim como
no Afeganistão, o islamismo é a religião do estado na Somália. Mesquitas,
madrasas (casas de estudos islâmicos) e representantes do grupo fundamentalista
islâmico Al Shabab já delcararam publicamente que não há espaço para os
cristãos no país.
4. Sudão
População: 42.166.000
Númerto de cristãos: 1.996.000
No Sudão, a
perseguição que vem do governo e de grupos radicais muçulmanos é sistemática e
remanescente de um movimento de limpeza étnica, destaca o relatório. Sob o
governo autoritário do presidente al-Bashir e seu partido, a liberdade de
expressão e religiosa é altamente sufocada. Historicamente, o governo sudanês
adota a política de uma religião, uma cultura e uma língua, custe o que custar,
doa a quem doer.
5. Paquistão
População: 196.744.000
Número de cristãos: 3.938.000
Grande parte
da perseguição cristã no Paquistão vem dos grupos islâmicos radicais que
florescem sob o favorecimento de partidos políticos, do exército e do governo.
Esses grupos radicais controlam centros de ensino e encorajam os jovens a
perseguir minorias religiosas, como os cristãos. No entanto, as principais
fontes de perigo para os cristãos muitas vezes vêm de suas próprias famílias,
para as quais a não conversão ao islamismo é considerada vergonha.
6. Eritreia
População: 5.482.000
Número de cristãos: 2.741.000
Tanto o
governo quanto o clima sociocultural na Eritréia contribuem para a perseguição
dos cristãos. O regime do presidente Afwerki é conhecido pelo autoritarismo
absoluto. São frequentes prisões, assédio e assassinato de cristãos acusados de
serem “agentes” infiltrados do mundo ocidental, destaca o relatório.
7. Líbia
População: 6.409.000
Número de cristãos: 41.000
Os cristãos
na Líbia são uma minoria. No país, desgovernado e mergulhado em guerra civil, a
impunidade reina para grupos criminosos e militantes islâmicos que perseguem
cristãos.
8. Iraque
População: 38.654.000
Número de cristãos: 258.000
No Iraque,
segundo o relatório, numerosos grupos contribuem para a perseguição de
cristãos. Cristãos e outras minorias religiosas frequentemente são vítimas de
sequestro e violência por movimentos radicais, como o Estado Islâmico. Cristãos
de origem muçulmana enfrentam a pressão de seus clãs, famílias e comunidades,
que podem até mesmo ameaçá-los de morte.
9. Iêmen
População: 28.120.000
Número de cristãos: indeterminado
Funcionários
do governo do Iêmen mantêm um rigoroso sistema que trata toda a população como
muçulmana. Quem se converte para o cristianismo sofre de violência e pressão
social intensa. Em muitas áreas, destaca o relatório, a intervenção militar
saudita deixou vácuos, permitindo que grupos como o EI e afiliados da Al Qaeda
expandissem suas operações e a perseguição aos cristãos.
10. Irã
População: 80.946.000
Número de cristãos: 800.000
A principal
ameaça para os cristãos no Irã vem do governo. O regime iraniano define o país
como um estado islâmico baseado no islamismo xiita. Cristãos e outras minorias
são vistos como uma distração indesejável para o ideal nacional. Por lei, um
muçulmano que abandona a religião está sujeito à pena de morte, embora não haja
registros recentes de aplicação dessa lei por lá. O relatório destaca ainda
que, apesar da opressão estatal, a sociedade iraniana é muito menos fanática em
relação às minorias religiosas do que as lideranças do governo.
Gospel
Geral.
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