Eu, quando cheguei ao governo do Estado, já vinha com uma bagagem administrativa que poucos homens públicos conseguiram formar nesse país.
Eu já havia sido Chefe do Setor de Máquinas a Óleo Diesel e Diretor de Conservação de Estradas do Departamento de Estradas e Rodagens (DER) do Ceará, Professor Auxiliar de Materiais de Construção na Escola de Engenharia da Universidade Federal do Ceará (UFC), onde me formei. E fui Diretor Geral do Departamento de Estradas, Secretário de Estado de Viação e Obras Públicas e Secretário de Estado de Planejamento no Maranhão.
E também Diretor Superintendente da Novacap e Secretário de Viação e Obras públicas, em Brasília, Distrito Federal. Diretor Geral do Departamento Nacional de Obras de Saneamento (DNOS), no Rio de Janeiro, onde também fui do Conselho de Administração do Banco Nacional de Habitação. Fui Superintendente da Sudene, órgão do governo federal, em Recife. Ministro de Estados dos Transportes em Brasília, Deputado Federal pelo Maranhão, Vice-Governador por dois mandatos antes de chegar ao governo do Estado.
Assim, com a minha formação de engenheiro que é treinado para entender como as coisas funcionam, eu montei uma equipe de altíssima qualidade, pela competência que seria digna de compor um ministério do governo federal. Uma excelente equipe. Lá, entre outros, estavam Carlos Brandão, Luís Fernando Silva, Simão Cirineu, José Azzoline, José Lemos, Ney Bello, Airton Abreu, João Dominice, Arnaldo Melo, Alim Maluf e muitos outros com essa mesma qualidade e vontade de servir.
Chamei Ricardo Paes de Barros para nos mostrar os caminhos para melhorar o quadro social do Maranhão. Dali nos fixamos na diretriz central do meu governo: melhorar o IDH. E o resultado foi excelente, pois o Maranhão aumentou o PIB estadual em todos os anos do meu governo, acima dos aumentos do PIB do Nordeste e do Brasil, em todos esses anos. A pobreza, que envolvia 52% da população, caiu para 27% um feito histórico.
Isso contribuiu muito com a criação de programas que nem existiam no Brasil, como Luz Para Todos, criado no início do meu governo. Levei a Dilma para conhecer, que era a Ministra de Minas e Energia, e ela lançou depois em todo o Brasil. O Bolsa Atleta, feito com critério absoluto de imparcialidade, dando apoio aos verdadeiros atletas; o Saúde na Escola, programa fantástico instalado em mais de 100 escolas no estado, que tratava da saúde das crianças estudantes, corrigindo problemas de visão, audição, dentição, cáries, etc, verminose, escovação de dentes, óculos, educação sexual, um programa fantástico, que ajudou muito as mães de família que tiraram essa preocupação das mães de famílias, programa mais aplaudido do governo, que depois não continuou. Casas de graça com banheiro para os pobres, kits sanitários, água em casa, com programas simplificados em que os moradores, com orientação técnica, recebiam o material e faziam o trabalho; apoio total ao turismo, com aviões fazendo ligação direta entre Lisboa, Santiago, Paris pela rota da Guina Francesa, construção da sede das brincadeiras do boi e das escolas de samba. Tudo isso fazia o turista gastar dinheiro no estado, beneficiando os pequenos empresários de comida, camisetas, lembranças, e agentes de viagens, guias turísticos, etc. Os hotéis viviam cheios. E todos trabalhavam nesse atendimento.
Havia ainda os mutirões as operações de catarata e muita oferta de serviços de saúde era levada no programa Mutirão da Cidadania.
Bem, fiquemos por aqui. Sabem que era o gestor de tudo isso, a quem devo muita gratidão pela eficiência e dedicação? Carlos Brandão. Ele, que vai assumir o governo, será governador em abril, me disse que vai continuar todos os bons programas sociais do governador Flávio Dino. Mas vai, com as novas ferramentas de gestão, fazer muito mais agora, principalmente nas áreas que consomem as famílias pobres e, principalmente, para eliminar as causas da desigualdade social que tanta pobreza causam.
Vai começar cuidando das crianças muito pobres, de zero a seis anos.
Perfeito Brandão!
Artigo escrito por José Reinaldo Tavares.
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