A população
de Coelho Neto não tinha noção que aquele dia 21 de junho de 1954, ficaria
registrado nas páginas dos jornais como um dos mais terríveis de sua história.
Naquele
início da manhã, o Coronel Duque Bacelar retornava do Campo Agrícola (um dos
seus projetos para estimular a agricultura local), quando ao descer do seu jeep
para fechar a porteira do campo de aviação se deparou com dois homens que se
apresentavam como vendedores de rede para lhe oferecer o produto. Dois jovens
moradores apareceram na mesma hora e Duque deixou a eles encarregado de fechar
a porteira para que ele pudesse retornar a Coelho Neto.
Duque
lembrou que já havia dito aos ditos vendedores que não precisava, pois tinha
feito uma compra recente com itens o suficiente. Na sequencia o que se viu foi
um verdadeiro filme de terror, quando um deles (que depois descobriu-se que
eram pai e filho Antonio e Francisco Leitão), sacou a arma e atirou em Duque
Bacelar.
Um dos
jovens antes de correr para fugir mata a dentro testemunhou que ainda ouviu
Duque dizer: MEU DEUS! Na sequência foram mais dez tiros que culminaram com a
terrível morte do maior líder político da história de Coelho Neto aos 57 anos
de idade.
Seu filho
mais velho, o deputado Raimundo Bacelar que era secretário da Casa Civil
despachava com o governador no Palácio quando receberam a notícia pelo
telegrama enviado por Zé Silva: ACABARAM DE ASSASSINAR SENHOR DUQUE. GRANDE
CLAMOR AQUI. VENHA URGENTE.
Pouco tempo
depois, os aviões com a policia cortavam os céus da cidade com as ordens
expressas do governador Eugênio Barros de capturar os assassinos. A notícia
correu e a população estava em choque. Todos os jornais - inclusive com
repercussão nacional abordaram o terrível crime, a cidade decretou luto
oficial, os comerciantes da cidade fecharam por conta própria as portas em
sinal de respeito e a sessão da Assembleia Legislativa naquele dia fora
suspensa.
Duque
Bacelar fora enterrado na manhã do dia 22 de junho, em frente ao casarão da
família Bacelar no Itapirema, numa colina como era seu desejo, na presença da
viúva dona Maria, de parte dos filhos (já que a outra parte estudava no Rio de
Janeiro) e de toda uma cidade que estava em transe com o terrível crime, tudo
isso há exatos 66 anos.
Fonte:
HISTÓRIA DE COELHO NETO DUQUE BACELAR E FILHOS-SAMUEL BASTOS.
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