VEJA teve acesso a trocas de mensagens, notas fiscais fraudadas, revelações de colaboradores da Justiça e até recibos de propina que detalham como recursos públicos foram repassados para bolsos privados em meio à pandemia.
O caso está sob investigação da Procuradoria-Geral da República. Em abril de 2020, o Consórcio Nordeste comprou 300 respiradores para os hospitais da região por R$ 48 milhões. Na nota de empenho, , assinada pelo ex-ministro Carlos Gabas (na foto, à esq.), está registrado que os equipamentos “foram entregues em perfeitas condições” — o que não ocorreu. O contrato foi avalizado pelo governador da Bahia Rui Costa (na foto, à dir.; PT), então presidente do consórcio. O caso tem como personagem central a empresária Cristiana Prestes Taddeo, que é dona da Hempcare, um negócio pequeno que comercializava produtos à base de canabidiol.
Ela afirma que agiu de boa-fé e foi enganada por dois lobistas. Depois de presa, passou a colaborar com a Justiça, devolveu a parte do dinheiro que havia ficado com ela — R$ 10 milhões — e diz que gostaria de revelar publicamente tudo o que sabe, mas, além de impedida de conceder entrevista, teme por sua vida. Procurados, Carlos Gabas e Rui Costa não se manifestaram. Em depoimentos à polícia, ambos negaram irregularidades.
Veja
Nenhum comentário:
Postar um comentário