Autoridades cumprem mandados de busca e apreensão no DF e pelo menos sete estados. Licitação sob investigação chega ao valor de R$ 73 milhões
Por CHRISTINA LEMOS
Do R7
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do MPDFT cumpre, na manhã desta quinta-feira, dia 02, 74 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em sete estados da União (SP, ES, RJ, BA, GO, SC, PR), para apurar ilegalidades praticadas em contratações que envolvem testes para detecção da COVID-19. Os mandados foram deferidos pela Justiça Criminal de Brasília. A operação foi batizada de “Falso Negativo”.
Existem fortes indícios de superfaturamento na aquisição dos insumos e ainda evidências de que marcas adquiridas seriam imprestáveis ou de baixa qualidade para a detecção eficiente do COVID-19. A soma dos gastos na licitação sob investigação supera o valor de 73 milhões de reais.
No DF, a Polícia cumpre 22 mandados de busca a apreensão em 3 empresas e 9 endereços residenciais e o principal alvo é a própria Secretaria de Saúde e o Lacen (Laboratório Central). Em nota, a Secretaria afirmou que testes foram aprovados e testados pela Anvisa.
Assessoria de Comunicação da Secretaria de Saúde do DF emitiu a seguinte nota de esclarecimento:
“Todos os testes comprados, recebidos através de doações ou enviados pelo Ministério da Saúde, têm o certificado da Anvisa e, portanto, foram testados e aprovados pelo órgão Federal.
Quanto aos preços, representam os valores praticados no mercado e as compras foram efetuadas avaliando as marcas apresentadas, os certificados de qualidade e os menores preços apresentados pelas empresas nas propostas”.
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