Coelho Neto
amanheceu de luto e mergulhado em uma comoção popular pelo falecimento de
Cláudio Robério Guerra, o nosso Cacau, nesta terça-feira, 27, de abril, por
complicações da Covid-19.
Nesta segunda-feira,
26, uma extensa corrente de oração nas redes sociais foi feita em prol da
recuperação deste brilhante jovem, dono de uma das vozes mais marcantes do
mundo publicitário da região, mas não teve jeito; Cacau não resistiu e para tristeza
de centenas veio a falecer.
A morte de
Cacau é o assunto mais comentado nas redes sociais não só em Coelho Neto, mas
na região de Afonso Cunha; Duque Bacelar; Buriti e em parte da região de Caxias.
Nota de pesar, homenagens através de textos, fotos, vídeo áudios e Blogs tem sido a
tônica nesta manhã para homenagear um “´ícone” da voz que marcou e
conquistou a região, por décadas.
Cacau era
tão querido e conhecido que as homenagens não ficaram restritas ao mundo da
comunicação, mas a todo segmentos da sociedade, inclusive aos mais humildes que
choram a sua perda até a classe política.
Um pouco de
Cacau.
Cláudio Robério
Guerra é filho da saudosa e, inesquecível Suely Guerra, e Manoel Guerra, um
casal pernambucano, que escolheu Coelho Neto pra viver e fazer história.
Manoel
Guerra veio de Pernambuco para ser um fornecedor de engenho e foi o Fornecedor
do engenho, Lagoa Seca.
Ainda em
1988, Suely Guerra já estava envolvida em política. Carismática e gentil com
todos ela foi conquistando Coelho Neto.
No início
dos anos 90, na abertura da Rádio Guanabara, Suely Guerra foi uma das Diretoras
da Emissora que passou a ser o principal veículo de comunicação da época.
Foi neste
cenário que Cacau ainda adolescente mostrou a sua aptidão e vocação pela
comunicação.
Embora hoje
Cacau seja a maior referência do mundo publicitário com sua voz inconfundível,
não há registro de que ele tenha sido locutor, pelo menos na rádio Guanabara,
mas se sagrou como um dos melhores sonoplastas, ao lado de Selemias Araújo que
vinha ser seu cunhado.
Com sua estreita
amizade com Lúcio Mauro, de Caxias, uma lenda do rádio maranhense, Cacau passou
a trabalhar na Ultra Som, uma discoteca de Caxias de grande sucesso nos anos
90s, que segurou a onda por muitos anos.
Depois de
passar por outras rádios em Coelho Neto, Cacau entra no ramo publicitário,
montando o primeiro estúdio de gravação com uma qualidade top, de grandes
cidades prestando um ótimo serviço à região com sua voz única e inconfundível.
Visionário e portador de uma inteligência sem
igual Cláudio Robério Guerra era uma espécie de faz tudo na comunicação e
portador das novidades do ramo que o mercado estava lançando.
Da fita cassete;
ao disquete; MD, e outras inovações do mundo das gravações lá estava Cacau
sempre inovando. Foi quem primeiro usufruiu da tecnologia de ponta dos drones
com imagens incríveis porque ela era mestre em estúdio, mas fora deles era imbatível
nas filmagens.
Politicamente
Cacau tinha o seu lado, mas nunca misturou política com profissionalismo e
muito menos com amizade. Daí está o motivo porque o filho de Dona Suely Guerra
é tão querido hoje e vai nos fazer muita falta e, sempre será lembrado por nós
por tudo que representou.
Eu Ezequias
Martins titular deste Blog, lamentou profundamente a sua morte porque éramos
bons amigos e convivemos juntos na Rádio Guanabara, quando jovens sonhadores.
Vai em paz
Cacau...
Resta-nos a saudade e a lembrança das mídias
incríveis narrados por sua voz e animação incomparáveis.
Familiares
convidam parentes, amigos e pessoas que a admiravam para a recepção do seu
corpo às 14h em frente ao IFMA Campus Coelho Neto. Devido à pandemia do
coronavírus, pedimos a todos que acompanhem de carro ou motocicleta.
O cortejo
segue até a casa do seu pai na Rua Senador Petrônio Portela no Conjunto
Duartão, passando pelo seu estúdio na rua 13 de Maio, segue para sua residência
no Conjunto Guanabara e logo depois ao Cemitério São Judas Tadeu, onde seu
corpo será sepultado.