sexta-feira, abril 16, 2021

“Estamos enfrentando um momento muito difícil no país”, diz Julião Amin em artigo.

 


Estamos enfrentando um momento muito difícil no país: a crise sanitária e econômica sem precedentes em nossa história recente. O que percebo é que o combate à pandemia deixou de ser um problema de saúde pública e passou a ser uma luta política. Egos inflados brigam para definir quem vai salvar o povo brasileiro desse terrível mal. Nenhum deles, na verdade, está preocupado com quem realmente importa, que são as pessoas e, em especial, as mais vulneráveis socialmente.

O aumento nos preços dos remédios e nos preços dos combustíveis, que influi no preço da cesta básica, têm elevado o número de pobres no Brasil. Um governo que concentra seu discurso na proteção da riqueza aprofunda cada vez para a desigualdade social. Um governo que não valoriza o SUS, é um governo sem piedade, que não se preocupa com as vidas das pessoas.

A pandemia está comprovando isso. Quantos ricos tiveram que ocupar leitos de hospitais públicos, porque nos hospitais particulares não havia vagas? Muitos e, mesmo assim, o SUS está na UTI junto com milhares de brasileiros.

Está na hora da oposição assumir seu papel de oposição de verdade e lutar pelos interesses do povo brasileiro. Deve se empenhar na busca por soluções que amenizem a dor, a fome, o desemprego. O Brasil precisa acordar e compreender que, quem faz o país crescer no cenário das nações é o suor de seu povo, de cada trabalhador, de cada pai e mãe de família, que na luta diária assegura o sustento dos seus filhos. Sem a força e o braço do povo não existe desenvolvimento.

Um país que concentra a riqueza nas mãos de uma pequena elite jamais alcançará o desenvolvimento verdadeiro, que é fundamentado na paz social. Vemos no mundo países muito ricos, com enorme quantidade de pessoas muito pobres, não é esse o exemplo que devemos seguir, pois da pobreza indigna jamais surgirá o progresso de uma nação.

Foto: Getty Images

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