Os
candidatos a prefeito de São Luís, Duarte Júnior (Republicanos) e Eduardo
Braide (Podemos) passaram quase todo o debate realizado na noite desta
quarta-feira (25) pela TV Band em parceria com a TV UFMA trocando acusações,
dando pouca importância às propostas para resolver os inúmeros problemas da
cidade. Foi um acusando o outro sobre quem responde a processo e “tu é
mentiroso”.
No primeiro
bloco, ao responder pergunta dos convidados sobre diversos temas, os candidatos
ainda conseguiram dizer o que pensam sobre desigualdade racial, orçamento e
educação, porém, já primeira pergunta do jornalista Raimundo Borges sobre o
fosso que separar negros e brancos, Duarte já partiu para o ataque acusado
Braide de racista, lembrando uma acusação muita explorada na eleição de 2016 de
que no candidato do Podemos teria cometido crime de racismo contra um professor
do colégio Reino Infantil.
O clima
esquentou quando os candidatos passaram a fazer pergunta um para o outro. Neste
bloco o que menos responderam foram as perguntas. Duarte acusou Braide de
mentiroso por negar que esteja sendo investigado pelo Ministério Público
Federal por suposta corrupção, tendo Braide respondido que quem responde a processo
eleitoral é Duarte por ter usado o Procon e que pode levar a perda do mandato
de deputado estadual.
Duarte
acusou Braide de receber auxílio moradia quando deputado estadual mesmo sendo
proprietário de dois apartamentos, sendo um na Península da Ponta D’areia e ter
se beneficiado do 18º salário, alvo de matéria do Fantástico da TV Globo. As
acusações ficaram sem resposta. Braide apenas disse que votou para acabar com
privilégios. Já Duarte não desmentiu que tenha gasto mais R$ 500 mil de verba
pública com propaganda pessoal e que teria usado a estrutura do Procon para se
eleger deputado.
Além da
troca de acusações, o debate, do ponto de vista programático e do que o eleitor
esperava dos candidatos foi muito pouco produtivo, pois passaram mais tempo
acusando do que debatendo os problemas da cidade e o que pretendem fazer para
resolver.
Blog do Jorge Vieira.
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