sexta-feira, maio 20, 2022

A prática democrática no ensino básico e sua utopia.




Ouvimos falar muitas vezes sobre a gestão democrática escolar. Mas será se realmente ela é colocada em prática!  A mesma prioriza a participação do coletivo onde gestores, professores, funcionários, pais, alunos e todos os envolvidos na comunidade escolar podem opinar de maneira ativa nas decisões escolares. Porém nesse exposto não vemos nos dias atuais esse tipo de gestão democrática. Logo ela se torna mais uma utopia nos modelos de educação presente na maioria  dos órgãos públicos. Esse fato é possível de se ver claramente e com mais força nos  municípios brasileiros, onde gestores de escolas públicas e todo seu corpo é constituído por indicação política. Na maioria das vezes os escolhidos não tem sequer a mínima preparação para lidar com os desafios impostos pelo sistema de educação que é complexo e cheio de diversidades. Muitas das vezes escolhem gestores e demais membros da equipe baseado no "Qi" QUEM INDIQUE. Nesse sentido vemos disparidades ao artigo 3 da LDB, onde se fala em gestão democrática.  Esses tipos de indicações prejudica todo o cenário educacional devido não ter a participação direta da comunidade escolar como é dito em lei. Ficando assim  mais uma das leis da educação que só fica no papel e termina deixando nesse caso  professores, alunos, pais e todos que fazem parte daquela instituição sem voz ativa ou participativa no processo educacional, pois tudo fica delegado pelas secretarias de educação que na maioria das vezes deixam todo o processo sem transparência e conhecimento das demais categorias que fazem parte da escola. Como é que a educação vai avançar nos dias atuais se ainda persistem práticas  e modelos defasado como esse, que perpétua desde dos tempos  remotos da educação brasileira, sendo ele prejudicial. O fato da  indicação para compor algo  tão importante para a sociedade e comunidade escolar tem que ser tratado com seriedade. Isso tudo é um desastre total, pois estamos trabalhando com vidas em desenvolvimento social, cultural, político e econômico. No que foi dito até o momento estamos distantes de uma educação libertadora e para todos, pois o sistema educacional é constituído por aparelhos ideológicos que se consolida e se apodrece. A democracia é a participação de todos e não só de um ente de indicação único e puro em si mesmo. Devemos rever a importância da participação de todos nas escolhas de quem deve compor a gestão educacional através de voto popular  pois só assim ninguém ficará excluído. Sendo que,  quem ocupar esses espaço terá que desempenhar com muita responsabilidade a gestão escolar, pois o povo depositaram toda sua confiança naquele que para eles demonstra ter o maior preparo. 


Por Romi Pereira e Miguel Arcanjo ambos professores de geografia.

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