Faleceu
neste domingo, 20, de dezembro em Belo Horizonte-MG, Bernardo Bacelar, um dos
filhos ilustre de nossa terra. Filho de Dona Maria e Duque Bacelar seu Bernardo
era Irmão de Dr. Magno Bacelar.
Embora sofrendo
a dor da perca de seu irmão o eterno Senador da Republica escreve (como sempre
faz nas redes sociais) um texto falando um pouco de seu irmão querido.
“Lembra das
histórias de dois irmãos que não nasceram gêmeos mas optaram por se criarem
como se verdadeiramente o fossem. Que a mãe os colocava para dormir, em redes
individuais, mas no instante seguinte um mudava para a rede do outro. Crianças
que guardavam, instintivamente, tudo que ganhavam, inclusive comida, para
comungar da mesma alegria. Que iam à missa domingueira “montados” em carneiros,
mais tarde para o Grupo Escolar compartilhando o jumento “bonito”, com o qual
dividiam o lanche antes de subir a ladeira?
Irmãos que
juntos e solidários, não temeram o crescimento dos desafios, participaram das
viagens a cavalo e de trem para estudar em São Luís, onde moraram em internato
e pensões. Por fim o Rio de Janeiro onde a cumplicidade aumentou e se
fortaleceu. Inseparáveis, até as meninas que conquistavam tinham que ser amigas
ou vizinhas para saírem juntos e, até mesmo terminar o namoro do outro por
telefone. Os estudos e descobertas de um novo e desconhecido universo. O mais
velho e equilibrado, além de protetor era o financiador do pupilo incapaz de
poupar um centavo se quer. Incontáveis e inesquecíveis estórias, algumas
compartilhadas com você, foram vividas em segurança ao lado do maior e melhor
parceiro do mundo.
Ontem, Deus
decidiu por fim à camaradagem que perdurou 82 anos (minha idade) levou para a
sua companhia Bernardo Bacelar. Homem íntegro, digno, humilde, de atitudes
amenas, mas de força inquebrantável.
Residiu em
Coelho Neto durante toda a minha longa vida pública, sempre fui seu hóspede,
mesmo assim, jamais se envolveu em política, discutiu, se incompatibilizou ou
pediu um voto a alguém.
Educou, e
muito bem, seis maravilhosos filhos, que jamais se beneficiaram de favores
públicos. Como nós, estudaram, se formaram e prestaram concurso no anonimato
das grandes metrópoles. Vitoriosos, vivendo com dignidade, o convidaram para
residir com eles, de forma independente, em Belo Horizonte.
O tempo
inexorável, nos envelheceu e fez compreender que tudo tem um fim. Para os
cristãos, que creem, a morte é a passagem para uma outra vida. Rogo a Deus para
que o meu companheiro e bem feitor tenha a melhor acolhida pois foi na frente,
como no nascimento, para preparar a minha chegada. Despedida com “adeus” produz
lágrimas e dor, já o “até breve” preserva intactas as esperanças e a Fé,”
escreveu Dr. Magno Bacelar.
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