Tenho alertado aqui neste espaço no jornal Itaqui Bacanga que a inflação (que parecia estar debelada desde o plano Real) voltou com força, mesmo o governo tendo afirmado, por diversas vezes, que está sob controle. Ela cresce cada vez mais, alarmando as donas de casas, que geralmente fazem as compras de alimentos e necessidades do lar. E pesa no orçamento de todos, desde a classe média e, principalmente, na classe de renda mais baixa. Quase 40% dos ganhos vão para comida, que não para de sofrer aumentos semanais em todos os produtos. O que dava para comprar hoje talvez não dê para comprar amanhã. E isso tem um resultado terrível.
Flávio e Brandão estão certos e irmanados nessa política dos restaurantes populares a R$ 1,00 por almoço. Já existem 95 desses restaurantes funcionando, a maior rede de todo o Brasil. Mas a solução mesmo é conter a inflação e isso é função do Governo Federal.
O impacto é muito forte. Em abril de 2021, a inflação acumulada em doze meses era de 6,17%. Em agosto do mesmo ano, já era 9,30%. Em janeiro de 2022 chegou a 10,20% e, em março de 22 – a maior de muitos anos – chegou a 10,79%. Sempre crescente.
Os itens que mais subiram, no acumulado em 12 meses, foram cenoura, 121 %; tomate, 66,36%; café moído, 62,36%; energia elétrica residencial, 28,32%; gás de botijão, 25,59%; frango em pedaços, 23,55%. Enfim, tudo subiu muito. E quando baixará? Quem sabe?
O emprego começa a melhorar, mas os salários estão menores do que antes, ou seja, a situação é crítica. E a inflação neste ano deverá ser maior do que a do ano passado.
Os juros, que antes estavam em 2% agora estão chegando aos 12% ao ano, dificultando o investimento. O problema é grande e, este ano, será difícil para todos. E como haverá eleição para presidente neste ano, os gastos do governo aumentarão. Mas, como sempre foi, logo depois da eleição o corte de gastos será grande. Como esse investimento não será em nada produtivo, a conta virá, em seguida.
Seria muito bom se fosse em algo produtivo, aumento de investimentos e empregos, mas parece que o Governo Federal, que comanda esses gastos, só tem um plano: ganhar as eleições.
O Maranhão, pelo contrário, tem planos e projetos em que a parte principal é o investimento e o emprego, enquanto acode a população mais necessitada.
Nessa confusão, toda precisamos acreditar no Maranhão e em nossas autoridades. O Maranhão tem grandes chances de se desenvolver e atrair empresas e empregos. Não vamos desperdiçar essa oportunidade.
Artigo escrito por José Reinaldo Tavares ex-governador do Maranhão.