Se alguém
ainda tinha alguma dúvida sobre a politização da pandemia e do uso da
hidroxicloroquina combinada com a azitromicina na fase inicial da infecção, o
médico e ex-prefeito Sílvio Mendes, em entrevista no Jornal do Piauí, TV Cidade
Verde, deixou claro que muita gente morreu por conta disso.
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Sívio Mendes, um conceituado médico, que foi prefeito de Teresina, Capital do Piauí. |
Segundo ele,
está comprovado que a utilização da hidroxicloroquina, na fase inicial da
doença, mostrou-se eficaz, mas foi questionada por muitos e desaconselhada o
seu uso, por conta de criminosas injunções políticas e pela intervenção da
Indústria Farmacêutica,que não tem interesse na produção e comercialização de
um medicamento de baixo custo.
A
hidroxicloroquina existe há mais de 70 anos e não é um medicamento específico
para o tratamento da Covid-19. É utilizada para tratar o lúpus, a malária,
artrite, mas revelou-se muito eficaz e salvou muitas vidas quando aplicada na
fase inicial do tratamento de pessoas com covid-19 em vários países do mundo, a
exemplo da Espanha, que conseguiu controlar a epidemia.
No Brasil, o
Ministério da Saúde, sob o comando do senhor Mandetta baixou um protocolo
proibindo a utilização da hidroxicloroquina e a azitromicina na fase inicial da
doença alegando não haver estudos científicos que autorizassem o uso do
medicamento. Depois soube-se que estavam utilizando o remédio na segunda fase
da doença, quando já não tinha mais eficácia. Nessa segunda fase, a medicação é
o corticoide para conter a inflamação do pulmão, intestino, fígado e rins.
Ou seja, o
senhor Mandetta, com aquela cara de bom moço, tem mais familiaridade com a
política do que com a medicina. É dele e de sua equipe a responsabilidade pela
morte de milhares de brasileiros que poderiam ter sido salvos pelo uso
hidroxicloroquina.
Sílvio
Mendes é um médico conceituado e antenado com as mudanças e transformações que
se registram na sua área de atuação profissional. Seguro e franco no que diz, o
ex-prefeito de Teresina culpa os governantes pelos desacertos no combate à
pandemia do coronavírus. Faz restrições à quarentena e defende a reabertura,
com responsabilidade, de alguns setores da economia.
Em sua fala,
na TV Cidade Verde, o ex-prefeito fez elogios a médicos piauienses que atuam no
exterior e aqui, que criaram uma rede para troca de experiências no combate a
pandemia, entre os quais pontifica médica Marina Bucar, de Floriano, que é
coordenadora científica da Universidade de Zaragoza, na Espanha. Foram esses
médicos que provocaram o debate em torno do uso da hidroxicloroquina, narrando
suas experiências exitosas no tratamento de muitos pacientes.
Médicos do
Hospital Tibério Nunes, seguindo o protocolo da doutora Marina, administraram
um coquetel de hidroxicloroquina, azitromicina e corticoide e conseguiram curar
oito pacientes naquela Casa de Saúde.
Adoção da
hidroxicloroquina na fase inicial da doença pode, conforme Sílvio Mendes,
contribuir para o achatamento da curva da epidemia, salvando muitas vidas e
impedindo o colapso da rede de saúde pública.
Sílvio
alertou que o grande risco que corre Teresina é a chegada, sem agendamento, de
pacientes do Maranhão, onde a rede de saúde é desorganizada e caótica. O
ex-prefeito disse que em São Luís, capital do estado, o governador está
exigindo leitos e UTIs das clínicas e hospitais particulares, pois a rede
pública colapsou.
Sílvio
Mendes elogiou o trabalho de Firmino Filho na área de saúde e disse que em
Teresina a rede de saúde é bem organizada. Ele sugeriu que a PMT e todos os
governadores e prefeitos dotem o protocolo que orienta o uso de
hidroxicloroquina na fase inicial da doença, pois isso evitará muitas mortes e
o congestionamento dos hospitais públicos.