Prisões ocorreram em 48 horas e ações estão sendo intensificadas em toda cidade
Quatro suspeitos de praticar assaltos na cidade de Coelho Neto foram presos nas últimas 48 horas em resposta aos roubos que vem sendo registrados na cidade. As prisões foram realizadas pela Polícia Militar e os procedimentos para a manutenção das detenções sendo realizados pela Polícia Civil, que também vem investigando todos os casos e pedindo a prisão de outros envolvidos.
Na noite de quinta-feira, foi detida a dupla Marcos e Rafael, mais conhecido por Rafinha Suspeitos de praticar roubos, ambos foram liberados recentemente da Delegacia de Polícia por decisão da Justiça. Eles já respondem a outros processos por roubo e haviam sido presos pela Polícia Civil no início do ano. Rafinha está, inclusive, usando tornozeleira eletrônica. “É fazer novos inquéritos e tentar manter ambos presos”, explica o delegado Sidney Tenório.
Na noite de ontem, os policiais militares prenderam outra dupla, sendo o maior de idade de nome Laércio e o menor de iniciais F.D., de 17 anos, este último autor de dois homicídios e roubos. Ambos também já tem passagem pela Delegacia de Polícia, mas também estavam em liberdade.
Em outra ação, policiais civis recuperaram um aparelho de som que havia sido furtado, já que além dos roubos há também um trabalho sendo realizado para prender autores de arrombamentos, a maioria deles usuários de drogas.
Ações enérgicas
As prisões já fazem parte do pacote de ações mais enérgicas que serão adotadas pelas polícias Civil e Militar para reduzir os índices de roubos que vem ocorrendo na cidade. Os trabalhos seguirão nos próximos dias em conjunto com ações também contra o tráfico de drogas.
Entretanto, cumpre ressaltar que é importante que a população colabore com a polícia passando informações.
“Ficar querendo gerar um clima de pânico e espalhando notícias que muitas vezes nem sequer ocorreram por redes sociais apenas confunde o trabalho da polícia porque deslocamos equipes a locais errados. As reais vítimas devem procurar a delegacia e relatar seu caso. Temos fotos de vários criminosos e o modus operandi de muitos deles. Mas vale ajudar na investigação do que ficar boatando no wathsapp”, frisa o delegado.
Não se pode pensar da forma de "quanto pior melhor" e politizando um problema de violência que atinge todo o país. Deve-se sim ajudar de fato com informações verdadeiras que podem ser passadas pessoalmente ou por telefone para a polícia. o sigilo da informação é assegurado.
Políticas públicas
Além do reforço nas ações policiais, espera-se também que se ampliem outras políticas públicas igualmente fundamentais para se combater a violência, como iluminação pública, educação, cultura, esporte e lazer para jovens, bem como geração de empregos.
“Querer resolver o problema da violência somente com polícia é como tratar inflamação com analgésico, pode até parar a dor naquele momento, mas não vai tratar o problema. Estamos vivendo ciclos de violência em Coelho Neto que ocorrem corriqueiramente. A polícia prende os assaltantes, que passam um tempo preso e são liberados. Estes voltam a delinquir porque não encontram um ambiente diferente fora da cadeia. E a cada dia, a falta de políticas públicas gera novos criminosos. É como se tivéssemos enxugando gelo”, finalizou o delegado.