Afastado da redação desde 2003, depois de sofrer uma parada cardiorespiratória, o paulista foi um dos mais influentes profissionais da cobertura econômica.
O jornalista
Celso Pinto, de 67 anos, um dos criadores do jornal Valor Econômico e um dos
mais influentes do país na área de Economia, morreu na tarde desta terça-feira
em São Paulo. Ele estava afastado da redação desde 2003, depois de sofrer uma
parada cardiorrespiratória durante um jogo de tênis. Nesses 17 anos, travou uma
batalha pela vida. Celso foi vítima de uma infecção no pulmão e deixa a
jornalista Célia de Gouvêa Franco, sua mulher por 41 anos, os filhos Pedro e
Luís, e o neto, Davi.
Celso nasceu
em São Paulo, formou-se em ciências sociais pela Universidade de São Paulo e em
jornalismo pela faculdade Cásper Líbero. Começou na profissão como repórter em
1974, na Folha de S.Paulo, aos 22 anos. Transferiu-se depois para a Gazeta
Mercantil, o mais influente jornal de economia do país na época, onde foi
editor de finanças e de nacional, além de ter sido correspondente em Londres.
Em 1996, voltou à Folha, como colunista tornando-se referência de leitura.
No ano 2000,
os grupos Globo e Folha se uniram para lançar um jornal especializado em
economia, o Valor Econômico. Celso foi chamado para liderar o projeto em plena
bolha da internet, onde a expectativa era de que os jornais impressos
desaparecessem.
Celso foi
diretor de redação do Valor e liderou uma equipe que chegou a contar com 160
jornalistas, consolidando o jornal como principal fonte de informação de
negócios, economia e finanças do país.
Uma parte
importante da produção jornalística de Celso Pinto foi reunida numa coletânea
de 90 artigos editada pela Publifolha em 2007, "Os Desafios do
Crescimento: dos militares a Lula".
O economista
Persio Arida, um dos criadores do Plano Real, escreveu no prefácio que Celso
chegou a ser convidado para trabalhar com a equipe que formulou o plano, em 1994.
Celso recusou o convite.
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