A queda de
um avião que partia de Teerã, capital do Irã, para Kiev, na
Ucrânia, matou todas as 176 pessoas a bordo na madrugada desta quarta-feira, 8,
informou a imprensa oficial iraniana. A aeronave caiu pouco depois de decolar
do Aeroporto Internacional Imam Khomeini. O modelo é um Boeing 737-800 da
empresa Ukraine International e tinha 167 passageiros e nove tripulantes.
Segundo as agências de notícias iranianas, a aeronave teve problemas no início
do voo e caiu depois de alguns minutos.De acordo com o ministro das Relações
Exteriores da Ucrânia, entre as vítimas do desastre estão 82 iranianos, 63
canadenses, onze ucranianos, dez suecos, quatro afegãos, três alemães e três
britânicos.
O governo
ucraniano já anunciou a criação de um grupo para investigar o acidente. “O
avião caiu cinco minutos depois de decolar”, disse o porta-voz da aviação civil
iraniana Reza Jafarzadeh. “O piloto não teve qualquer contato com a torre de
controle e não anunciou qualquer situação de emergência antes do acidente”,
acrescentou.
O acidente
aconteceu após a base militar iraquiana de Al Asad, usada pelas tropas da
coalizão dos Estados
Unidos no país, ser atingida na noite desta terça-feira 7. Pelo
menos doze mísseis balísticos foram lançados e pelo menos seis deles atingiram
o local, de acordo com a imprensa internacional. Também foram disparados
foguetes contra uma base americana em Erbil, no norte do Iraque. Ainda não há
ainda confirmação oficial sobre vítimas.
O bombardeio
foi uma retaliação do Irã ao ataque de um drone militar dos EUA que matou o
principal comandante militar iraniano Qasem Soleimani, na última
quinta 2. A operação “Martir Soleimani” foi executada pela Guarda
Revolucionária do Irã à 1h20 (20h20 em Brasília), o mesmo horário do
assassinato do general no último dia 2.
Depois do
ataque às bases americanas, a Agência Federal de Aviação dos Estados Unidos
emitiu um comunicado de restrição emergencial e imediata, orientando as
companhias e pilotos do país a evitarem o espaço aéreo do Golfo Pérsico. A
agência reiterou que o documento tem caráter preventivo e afirmou que o
momento apresenta “potencial para erro de cálculo ou de identificação” de
aeronaves civis.
Blog do Luís Cardoso.
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