O Conselheiro Marcelo Tavares, (foto), Presidente do TCE-MA- Tribunal de Contas do Estado, surpreendeu a muitos ao afirmar em entrevista à imprensa, que os prefeitos maranhenses que aderiram a paralisação em protesto a queda do FPM, nesta quarta-feira 30, correm o risco de inegibilidade.
Ele só não deu detalhes amparados na Lei de como isso poderá acontecer e quais são as transgressões dos gestores.
O ato do presidente do TCE está parecendo interferência nas atribuições dos gestores e uma tentativa autoritária de sufocar o movimento Municipalista, preciso e democrático. Estaria Marcelo Tavares sendo influenciado pelas atitudes nada republicana e monocrática do STF?
O presidente do Tribunal de Contas do Estado, orienta incisivamente que os gestores maranhenses sejam austericos e enxuguem as máquinas públicas, mas Marcelo ignora a queda drástica do Fundo de Participação dos Municípios. Sem compaixão e insensível Tavares esqueceu-se dos tempos em que se dizia ser municipalista na Assembleia Legislativa e da agonia do seu pai que viveu realidade parecidas quando prefeito de Cajapió.
Injustiça presidente nunca foi um bom instrumento de luta e muito menos de gestão. Uma coisa não justifica a outra. O senhor não está errado quando orienta os prefeitos a cortar gastos e enxugar a máquina pública, mas se omite feio a desconhecer que eles estão em busca de direitos conquistados que agora estão sendo tirados pela gestão do presidente Lula. Seja sensato e sensível, a luta municipalista não merece ter esse tratamento.
Não dê lugar para os maranhenses acharem que vossa excelência está sendo injusto com seu julgamento. Se hoje como Conselheiro do TCE sua visão é aguçada em relação a austeridade, que o senso de justiça plena nunca deixe de pulsar no seu peito e de igual modo esteja presente em suas palavras e ações.
Não tente justificar a queda do FPM com contenção de despesas, quer dizer que a regra para os prefeitos é apanhar e ficar bem caladinho? Os princípios democráticos estão sendo feridos.