Em sessão
solene, logo após a meia-noite de 1º de Janeiro, o prefeito de Imperatriz,
Francisco de Assis Ramos (DEM) e o vice-prefeito Alcemir Costa (MDB) tomaram
posse na Câmara Municipal, ocasião em que também foram empossados os 21
membros daquela casa para o quadriênio 2021-2024.
O ato,
presidido pela vereadora mais votada, Terezinha Soares (PR), foi bastante
prestigiado por autoridades, membros do governo municipal, servidores e
representantes dos diversos segmentos da sociedade.
Na ocasião,
já empossado, Assis Ramos fez um discurso em que falou dos percalços de sua
eleição e apontou os novos rumos de sua nova gestão que se inicia na segunda
maior cidade do Maranhão.
Confira na
íntegra o discurso do prefeito que, segundo membros da imprensa local e demais
presentes ao evento, ficará marcado na história política/administrativa de
Imperatriz:
Senhoras
e senhores,
Orgulha-me
imensamente receber de Deus e do povo de Imperatriz a missão de assumir, pela
segunda vez, a gestão de uma das mais importantes cidades do Brasil.
Só para
dimensioná-la rapidamente, lembro-lhes de que somos a décima primeira potência
econômica e a oitava maior população dentre os quase 1.800 municípios interioranos
do Nordeste.
O acúmulo
de tantos títulos, todos justos, como os de PORTAL DA AMAZÔNIA, PRINCESA DO
TOCANTINS e CAPITAL DA ENERGIA ELÉTRICA, também poderia incluir o de METRÓPOLE
DA GENEROSIDADE, pela capacidade de acolhimento e de proporcionar oportunidades
a todos quantos nascem aqui ou chegam, para trabalhar e fazer desenvolvimento.
Envaideço-me,
NO BOM SENTIDO, por mais uma vez ter sido eleito, o mais bem votado dentre
tantos. Exatamente 11 postulantes, na maior disputa da história pela prefeitura
de Imperatriz.
Os
métodos, apesar da zelosa vigilância da Justiça Eleitoral, foram muitas vezes
condenáveis. Quando mais se aproximava o dia da escolha, mais os ataques,
através das FAKE NEWS, se acirravam.
Felizmente,
o nosso povo tem discernimento e valoriza muita sua independência.
O
resultado da nossa última eleição não deve ser analisado pelos números e
percentuais dos seus boletins finais, mas sim pelo cenário em que ela se deu –
nunca se viu, numa só contenda, tantos candidatos potencialmente favoritos.
Tínhamos
um ex-prefeito de três mandatos exercidos, com forte liderança consolidada ao
longo de quatro décadas e, se não era o “número um” do poder central
maranhense, ainda assim mantinha forte interlocução e controle absoluto sobre
uma das células locais da estrutura administrativa do Estado.
Tínhamos
outro ex-prefeito, de dois mandatos seguidos, fora os cinco exercidos
anteriormente como deputado federal, com grande prestígio nacional e apoiado de
perto pelo valoroso senador Roberto Rocha, muito influente junto ao Palácio do
Planalto.
Tínhamos
o preferido do governador, no qual se concentraram todas as forças e formas,
lúdicas ou não, de convencimento – nunca se viu tanto esforço por um voto;
jamais se testemunharam tantas abordagens e as mais diversificadas modalidades
de tentativas de sedução.
Tínhamos,
ainda, dois jovens, ambos bem preparados, num formato de candidatura que nestes
tempos exalam um apelo muito forte, o da novidade.
E ainda
os chamados alternativos, altivos, bravos, focados em segmentos e que, também,
tornaram a luta mais árdua.
Não me
“vitimizo”, dizendo que eram “dez contra um”. Sinceramente, percebi que todos,
sem exceção, acreditavam na possibilidade da vitória.
A opção
majoritária foi pelo conjunto da obra, que contemplou a EDUCAÇÃO, com a
revolução no nosso modelo de escolas e creches; valorizou a SEGURANÇA, com os
serviços de videomonitoramento, Guarda Municipal e avanços significativos no
trânsito;
A SAÚDE,
com a reforma de todas as unidades, a transformação do Socorrão, novo Socorrinho,
fim das filas das cirurgias e a pronta reação do município diante da pandemia,
fazendo de Imperatriz um dos primeiros territórios nacionais de HOSPITAL DE
CAMPANHA.
Fizemos
SUSTENTABILIDADE, com cata-treco, extinção dos lixões, preservação de áreas antes
ameaçadas, limpeza permanente dos riachos, viabilizamos o ATERRO SANITÁRIO e,
enfim, elaboramos e aprovamos um PLANO DIRETOR MODERNO, compatível com a
vocação de desenvolvimento imperatrizense.
Avançamos
muito na INFRAESTRUTURA, com redes de drenagens profundas e superficiais,
sistemas de distribuição de água, praças, quadras, academias de saúde ao ar
livre, canteiros, limpeza ampla, bloquetes, asfalto e usina de asfalto.
Trouxemos
modernidade, com CONECTIVIDADE: somos, em termos proporcionais, uma das cidades
mais conectadas do Brasil; já chegamos aos cem pontos de internet aberta, nas
praças, nos postos de saúde, nas paradas de ônibus, áreas comerciais e até nos
povoados, do mais próximo ao mais distante.
Modernidade
que une sustentabilidade e dá economia. No caso, o dos telhados fotovoltaicos
das nossas escolas: energia solar que faz evaporar uma conta anual de mais de
sete milhões de reais que iam para os boletos da Equatorial.
Capacitamos,
humanizamos a assistência social, demos alento a milhares de pessoas em
situações das mais adversas.
De fato,
fizemos o futuro chegar, com robótica e laboratório de informática para as
crianças das zonas rural e urbana.
Ninguém
teve como contestar o nosso melhor discurso de campanha, o do prefeito que mais
realizou, PORQUE, ANTES, TIVEMOS o cuidado de numerar e emplacar cada um dos
benefícios realizados; SEISCENTAS OBRAS E SERVIÇOS. A verdade estava
sacramentada, eternamente documentada.
Senhoras e
Senhores,
Para o
mandato que aqui se inicia, trago, do período que se encerra, algumas centenas
de REALIZAÇÕES para serem continuadas, mantidas, ampliadas e até modernizadas –
o mundo não para e o nosso esforço não se encerra no momento em que
descerrarmos uma placa de inauguração.
Tudo é
vivo e requer avanços.
Venho,
agora, com a experiência que eu não tinha há quatro anos, conhecimento sobre os
mundos que se encerram em todas as pessoas que nos rodeiam ou que estão no
contexto da gestão.
Praticamente
mantenho uma equipe testada e aprovada, azeitada, que aprendeu a minha pressa,
entendeu a amplitude dos meus sonhos; me ajudou alcançar metas que seriam
inimagináveis diante da adversidade ferrenha exercida através de adeptos de uma
política de destruição, perseguição e das falsas notícias.
rago a
essência do adágio popular de que É A DOR QUE NOS ENSINA A GEMER, porque foi
VENDO os caminhos que se fecharam que eu abri uma estrada ampla para outras
fontes de recursos, lá em Brasília, no que fui fortemente ajudado pelos
deputados federais João Marcelo, Juscelino Rezende, Kleber Verde e pelos
senadores Weverton Rocha e Roberto Rocha.
Com essa
carga imensa de bons legados, só não haveria mesmo espaço dentro de mim para
mágoas. Essas, deixo para trás.
Há quem
pense que o pós-eleição é tempo de depuração, de lavagem da alma, de se
destilar vingança.
Não,
sinceramente, não.
O que
passou, passou; menos, é claro, as absurdas ofensas à minha honra e à dos meus
familiares – essas eu deixo a cargo da justiça, que é o fórum dos civilizados
para se dirimirem as divergências.
Por
último, dirijo-me às senhoras e senhores novos vereadores ou legisladores de
novos mandatos.
Que Deus
os ilumine grandiosamente. Que o gesto de cada um dos que se dispuseram a
honrá-los com o voto, os faça entender o significado do papel que agora
assumem.
A cidade
não somos só nós, aqui.
Na
realidade, somos só agentes dos verdadeiros donos da cidade; QUE É O POVO.
As causas
e os interesses não são os nossos. SÃO OS DO POVO.
Não
ESTAMOS prefeito e vereadores para nos realizarmos. Estamos, sim, na busca da
realização do anseio do povo.
Não é
para existir um cabo de guerra entre a câmara e a prefeitura. Há de haver, sim,
um elo do bem, para que se faça, conjuntamente, o que é certo e proveitoso para
o bem comum.
O
executivo precisa do melhor entendimento sobre todos os atos, de cada uma das
senhoras e de cada um dos senhores.
A cidade
precisa seguir em frente, de quem a impulsione.
Teremos
um ano dos mais difíceis; as fontes de recursos estão extenuadas depois de
tantos dispêndios com a pandemia. Vamos nos unir na compreensão e na leitura
correta e cada caso, sempre focando na cidade e sua gente.
Vamos em
frente.
Muito
obrigado.
Da
assessoria