Dois homens
foram presos, na tarde nesta terça-feira (15), por tentativa de estelionato
contra o deputado Roberto Costa (MDB). Um dos envolvidos, o mototaxista Nelson
Gabriel da Silva Filho, foi detido dentro das dependências da Assembleia, e o
outro, Adeildo Lima dos Santos, fora das instalações da Casa. De acordo com o
Gabinete Militar da Alema, um deles estaria solicitando dinheiro em nome de um
padre que responderia pela Paróquia do Cohatrac, o que gerou desconfiança entre
os assessores do parlamentar, que acionaram a segurança da Casa.
Segundo o
major Jocenildo Silva de Sousa, do Gabinete Militar da Assembleia, o
mototaxista Nelson Gabriel da Silva Filho, morador da Estiva, na zona rural de
São Luís, estaria conduzindo a moto que ficou no estacionamento da Alema.
“Segundo investigação preliminar, ele teria sido orientado pelo comparsa,
Adeildo Lima, que ficou do lado de fora da Assembleia, enquanto ele tratava com
os assessores do parlamentar”, esclareceu o militar.
Adeildo Lima dos Santos, morador do Coqueiro, também zona rural de São Luís,
foi preso na Central de Abastecimento (Ceasa), quando tentava fugir ao ver a
chegada da viatura militar.
Os dois
homens foram detidos e conduzidos pela Polícia Militar para a 4ª Delegacia da
Polícia Civil, no bairro do Vinhais, onde prestaram depoimento. Segundo o
delegado Márcio Fábio Dominice, os dois teriam tentado aplicar o mesmo golpe em
um magistrado, recentemente, no Fórum de São Luís.
Versão do
mototaxista
De acordo
com o delegado, Adeildo é que se passava pelo padre da Paróquia do Cohatrac,
conforme versão contada na delegacia pelo Nelson Gabriel. “O Adeildo me chamou
para fazer uma corrida. Eu busquei ele em sua residência. Quando chegou à
Assembleia, ele pediu para eu pegar esse dinheiro, que é a encomenda do padre,
dizendo que não poderia entrar porque não estava vestido com calça. Aí eu fui
lá e ele ficou me esperando fora”, contou o mototaxista, em seu depoimento à
polícia.
Adeildo Lima confessou que tinha tentado obter dinheiro em nome do padre, mas
que não se passou por ele. “Dessa vez, eu errei. Eu pedi para ele pegar um
dinheiro em nome do padre, mas não passei pelo padre. Disse que eu era
secretário do padre”, assinalou.
“Eles serão
autuados, aqui no 4º DP do Vinhais, por tentativa de estelionato. Posteriormente,
vamos contatar com o delegado do 9º DP e fazer a conexão com as investigações
para que eles respondam pelos dois supostos estelionatos em concurso material”,
afirmou o delgado Márcio Dominice.
Agência
Assembleia / Ribamar Santana